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Em que momento devo vender os frutos da minha produção?

Para responder a pergunta, alguns poderiam sugerir que devo vender quando os preços estão mais altos. Uma resposta simples para uma pergunta simples. Ocorre, que para cada produto e para cada produtor as condições são diferentes e é sobre isso que vamos descrever brevemente.

Alguns produtos são perecíveis (se degradam rapidamente) e por isso, o momento de venda será sempre logo após a colheita. Não permitindo assim, possibilidades do agricultor esperar o melhor preço. Nessa categoria se encaixam todas as hortaliças, leite e frutas em geral. O que fazer então nesses casos? A opção para o agricultor é estar organizado para que o seu produto somado aos produtos de muitos outros agricultores ganhe escala e dessa forma, um negociador em nome de diversos agricultores possa discutir com o comprador os melhores preços.

Temos na região bons exemplos nessa categoria. Cito por exemplo o leite onde 4 cooperativas de produtores de leite negociam mensalmente com laticínios as condições da venda/compra do leite de centenas de agricultores. Mesmo assim, ainda percebemos alguns agricultores que insistem em seguir sozinho e não acreditar na forma do cooperativismo.

Um produto de grande significado na região merece um detalhamento especial. A maior parte da produção dos mais de 50 mil hectares do Vale do Araranguá sai das lavouras e vai para os armazéns das agroindústrias e cooperativas. Conservado nos silos, esse produto pode ficar por mais de 1 ano armazenado aguardando o momento da comercialização.  Nesse caso, poderíamos dizer que o agricultor só vende quando os preços estão no pico? Não. Boa parte dos agricultores precisam vender parte da sua produção logo que colhem para honrarem os compromissos financeiros. E como muita gente vende no mesmo tempo, a tendência normal é de que os preços não estejam em seu auge, salvo quando condições macroeconômicas interferem.

Mesmo com muito arroz sendo vendido na época da colheita, ainda sobra arroz para especular, digo, para esperar o melhor preço. E como saber quando é o melhor preço? Cada um faz suas análises e toma a decisão de vender ou não no preço proposto do momento. 

Como explicar que estávamos com o preço a 45 reais a saca por quase 2 meses e poucos venderem, mas quando baixou para 43, aumentou de forma significativa a venda e também a reclamação em relação ao preço? Eu só posso acreditar de que não houve planejamento e uma análise mais fria do mercado. Senão vejamos: muitos dos empréstimos bancários para custeio da lavoura do arroz, vencem nesse período do ano e assim se faz necessário vender parte da safra para levantar dinheiro. Com maior oferta de produto, naturalmente os empresários e presidentes de cooperativas baixam seus preços, até porque eles também não conseguiriam comprar todo o arroz de uma vez.

Finalizo dizendo que é muito difícil acertar o melhor preço, mas ao invés de procurar isso, planeje melhor suas vendas para atender antecipadamente às suas necessidades que conseguirá preços médios bons e menos preocupação familiar em virtude da regularidade financeira.

Foto: bearfotos | www.freepik.com

Por Reginaldo Ghelere

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