A vida é como um grande jardim. E nossa grande missão existencial é cultivá-lo. Uns escolhem, com sabedoria, semear as sementes da bondade, da amorosidade, da gentileza, do respeito...Já outros, por escolhas conscientes e inconscientes. preferem cultivar as sementes do egoísmo, do ódio, do rancor, da intolerância...Muitos oscilam, em alguns momentos cultivam sementes construtivas, em outros sementes destrutivas. Mas uma coisa é certa, temos o poder de escolha. Está em nossas mãos o futuro da nossa colheita. Colheremos exatamente aquilo que plantamos, não tem como ser diferente.
O sentido da vida é semear. Muitos exigem, uma colheita proveitosa sem fazer o trabalho árduo e paciente da semeadura. Querem colher o que nunca plantaram, buscando algo que nunca fizeram por merecer.
No jardim, para que as flores se façam presentes é necessário preparar a terra. E no início de todo plantio, a terra está dura, compactada; necessitando ser mexida, cavada, estercada e adubada. Esse preparar da terra é fundamental para que a semente nova possa nascer e se desenvolver. Do contrário ela morrerá.
Assim somos todos nós, a simbologia da terra dura, relacionando com nossa rigidez e a grande dificuldade que temos de mudar. O medo do novo, muitas vezes, nos paralisa fazendo com que fiquemos presos ao obsoleto.
Precisamos nos relacionar com o que está embaixo da terra, o nosso mundo inconsciente. Pois ali se encontram as raízes que nos dão sustentação. E diante desse cultivo da alma, difícil e laborioso, possamos refletir e renovar. Percebendo os anseios mais profundos, os desejos mais latentes, os sentimentos mais obscuros, as dores mais ocultas, que nos habitam. Rompendo com as cascas limitantes e limitadas, e dessa forma a semente germinará, a planta crescerá saudavelmente e logo flores e frutos se farão presentes. A busca da consciência é o objetivo, o trabalho interno de reconexão. Assim a alma floresce.
O segredo não é correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim para que elas venham até você. Mario Quintana
Psicólogo Juliano G. Cechinel
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