O presidente da UNIMED, médico Leandro Avany Nunes cravou: "os efeitos da aglomeração das eleições serão sentidos a partir desta semana". Quer dizer, não são apenas as festas e aglomerações de praia as responsáveis pela superlotação das UTIs e Clínicas. Dois exemplos do que a autoridade de saúde diz é que o prefeito Murialdo Gastaldon (Içara) e Tita Beloli, prefeito interino de Criciúma, saíram de cena por conta do vírus. Eles como outros políticos circularam bastante nos dias que antecederam e no próprio dia da eleição.
Tita Beloli é presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma e não garantiu reeleição. Faltaram quatro votos. No meio do mandato passado ele saiu do MDB e foi para o PSDB, partido do prefeito Clésio Salvaro. A troca era uma quase certeza de eleição. Enganou-se. A troca de partido pode ter sido uma das causas da "não eleição". Mas o que contribuiu mesmo para ele não se eleger foi a COVID. Nos dias após a eleição ele saiu à rua para conferir com os eleitores mais fiéis e constatou que dezenas deles não foram votar por precaução em relação ao contágio e por achar que Tita Beloli "estava eleito".
Texto: Joâo Paulo Messer