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Araranguá: chega de olhar só para o umbigo, é preciso ampliar o horizonte!

À medida que se aproxima o fim do mandato, pois falta apenas um semestre do total de oito – o equivalente 12,5% do tempo - setores da imprensa e administrações municipais divulgam o tradicional “balanço” de governo. Geralmente, a intenção é convencer o eleitorado de que o mandato é propositivo, especialmente quando o prefeito ou sigla da situação planejam tentar a sucessão.

Mas, como ensina Augusto Branco “Nem tudo que reluz é ouro. Nem sempre o melhor está ao alcance dos olhos”, é preciso observar muito além dessa ultrapassada tática da “tabelinha”, que apresenta perguntas combinadas entre entrevistador e entrevistado.

Essa mudança de paradigma e compreensão dos fatos é consequente da globalização e também de outros fatores, em especial, o advento das redes sociais, que democratizou e melhorou o acesso a informação. A nova realidade contribui para que as pessoas ampliem conhecimento, acompanhando o cotidiano de executivo e legislativo, formalizando opiniões próprias sob diferentes temas.

Em Araranguá a situação não é diferente. O município é privilegiado por natureza ímpar, localização estratégica (as margens da BR-101, equidistante de duas capitais) e habitado por um povo ordeiro é abençoado por Deus. A cidade polo da Região Extremo Sul Catarinense, no entanto, carece de melhor infraestrutura para impulsionar o desenvolvimento e, nesse contexto, falta maior competência para os agentes políticos.

Problemas pontuais acabam se transformando em verdadeiras “bolas de neve”. A erosão de solo às margens do Rio Araranguá, junto à Rua Rui Barbosa, completa aniversário e continua sem solução; o Plano Diretor do Município tem se transformado numa verdadeira “colcha de retalhos”, tamanha a quantidade de emendas para abrigar loteamentos e empreendimentos, cujas características não se enquadrariam na legislação local; dívidas decorrentes de precatórios (muitas delas referentes a salários, pensões, aposentadorias e indenizações acumulados pelas má gestões dos últimos anos) interferem no equilíbrio de receitas e despesas; várias pavimentações de ruas (que terão metade do valor pago pelos contribuintes por meio da chamada Contribuição de Melhoria) são iniciadas e não concluídas; vias públicas com intenso tráfego de veículos (7 de Setembro, Getúlio Vargas, Beira-Rio, Antônio Bertoncine e Amaro José Pereira, por exemplo) carecem de manutenção; falta geração de emprego e renda, o mesmo tempo que essa demanda cresce a cada dia; unidades de ensino necessitam de reformas e ampliações e a zona rural convive com a estiagem.

Esse último problema poderia receber melhor atenção se, lá atrás, o município tivesse adotado um plano de precaução, ao invés de permanecer inerte, demorando, por exemplo, incríveis 3,2 anos para designar um secretário de Agricultura e Abastecimento.

Aliás, a inversão de prioridades é recorrente: enquanto o Samae anuncia investimentos de R$ 1.449.802,98 na implantação de dois portais, espaço para caminhadas e prática de exercícios no complexo do parque Belinzoni, diversas localidades do interior convivem com falta d’água; mananciais naturais como a Lagoa do Caverá (maior lagoa de água doce do estado) sofre um processo de assoreamento assustador e Açude Mané Angélica, onde é depositada poluição e acontece descarada invasão imobiliária, literalmente agonizam.

Enfim, embora existam alguns avanços, os problemas em nível municipal são inúmeros, muitos deles crônicos. Nessa avaliação de pós e contras, a proclamação de “arauto da transparência” não significa benesse.

Na verdade, isso é dever dos gestores, previsto na Lei Complementar 131, também conhecida como Lei da Transparência ou Lei Capiberibe (lei n° 6.924,de 25 de julho de 2009), que obriga a União, os estados e os municípios a divulgar seus gastos na Internet em tempo real.

 

Foto: Prefeitura de Araranguá/divulgação.

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