Copom atualizou a taxa de juros na última quarta-feira e chegou no 10º aumento consecutivo.
O juros básico da economia, taxa Selic, atingiu o seu maior percentual nos últimos quatro anos após decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na última quarta-feira (4) ao definir em 12,75%. Por conta disso, entenda como a alta pode impactar no cotidiano do catarinense.
Primeiro, o economista Jairo Romeu Ferracioli destaca que a mudança da Selic é uma tentativa de frear a inflação no Brasil.
“É importante explicar que a taxa de juros ocorre acima sempre acima da inflação. É uma alternativa governamental de frear o consumo “, complementa.
Esse foi a 10ª alta consecutiva, sendo que o ciclo de aumentos iniciou em março de 2021.
Assim como destacou o economista Jairo Ferracioli, o poder de compra do público é afetado diretamente por conta do aumento da taxa para empréstimos bancários, por exemplo.
De acordo com o portal R7, em caso de um empréstimo de R$ 40 mil com parcelas de R$ 1.1.136,83, num total de R$ 68.209,83 (juros de 1,95% ao mês).
Porém, com a Selic em 12,75% ao ano, o juro sobe para 2,03% ao mês e a parcela aumenta para R$ 1.159,09, resultando num total pago de R$ 69.545,53.
Ao fim do contrato, o consumidor iria pagar R$ 1.335,70 por conta do aumento da Selic.
“É um impacto fora do necessário porque o poder aquisitivo já está baixo e as pessoas já estão comprando apenas o necessário”, complementa o economista.
Por outro lado, o rendimento de aplicações fixas como, por exemplo, Tesouro Selic, poupança, LCI (Letra de Crédito Imobiliário) pode render até mais que ações.
“Esse cenário deixa o investidor com a pulga atrás da orelha porque as empresas tendem a vender menos e as ações desvalorizam. Então, a melhor opção acaba sendo até mesmo títulos públicos”, finaliza o Jairo Romeu Ferracioli.
Fonte: Agência Brasil