Para não fugir de sua sina, o MDB de Santa Catarina, mais uma vez, não sabe ainda qual rumo tomará diante de uma eleição estadual, mesmo com outros partidos já em franca pré-campanha, objetivando a manutenção, ou a conquista do Governo do Estado.
Dependendo com quem se fale, o caminho do partido em 2026 será um, ou outro.
A exemplo de 2022, o dilema do MDB consiste em se decidir por uma candidatura própria ao governo, ou por apoiar um candidato de outro partido, compondo como vice, como aconteceu na eleição passada, quando o ex-prefeito de Joinville, Udo Döhler concorreu como companheiro de chapa do então governador Carlos Moisés da Silva (Rep), em seu projeto de reeleição.
O projeto, que já nasceu comprometido pela divisão interna emedebista, nem chegou à praia. Acabou morrendo em alto mar.
Para o ano que vem, o cenário mostra uma intenção natural do deputado estadual Antídio Lunelli de concorrer ao Governo do Estado pelo partido.
Intenção que já foi manifestada em 2022, ano em que acabou prevalecendo em convenção a indicação de Udo Döhler como candidato a vice de Carlos Moisés.
Antídio não tem escondido sua disposição de concorrer ao governo. Mesmo reunindo todos os predicados para encabeçar uma chapa majoritária pelo MDB, ainda assim não faltam os que defendem a tese de que o partido deva indicar o candidatura a vice do governador Jorginho Mello (PL), ou mesmo do atual prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que já anunciou sua disposição de concorrer ao governo catarinense.
Ainda que bastante moribunda, a velha guarda do MDB estadual, composta majoritariamente por políticos com perfil de centro-esquerda, também vislumbram a possibilidade de ter um dos seus como candidato ao governo.
Para estes, o deputado Antídio, que é um declarado bolsonarista, a exemplo de Jorginho Mello e de João Rodrigues, não servem para representar o partido em uma disputa pelo Governo do Estado.
Por incrível que pareça, aqui e acolá, ouve-se falar em uma possível candidatura do ex-presidente do partido, Celso Maldaner, ao governo estadual, mesmo Celso que amargou a quinta colocação na disputa pelo Senado Federal na eleição de 2022
O conjunto destes fatores, na verdade, só demonstra que o MDB, mais uma vez, não sabe o que fará diante das eleições de 2026. E não sabe porque o partido não tem unidade.
A grande verdade é que em Santa Catarina o MDB se transformou em uma grande colcha de retalhos, e por conta disto tem perdido ano a ano sua pujança.
Finais
Os dois deputados estaduais de nossa região emplacaram bem na composição das Comissões Permanentes da Assembleia Legislativa, que pelos próximos dois anos darão as cartas no parlamento estadual nos mais diversos setores do governo, como também da sociedade catarinense.
O deputado José Milton Scheffer (PP) passou a integrar as Comissões de Finanças e Tributação, do Direito das Pessoas com Deficiência, de Pesca e Aquicultura, de Prevenção e Combate às Drogas, e ainda a Comissão de Saúde.
Já o deputado Tiago Zilli (MDB) passou a integrar as Comissões de Trabalho, de Administração e Serviços Públicos, de Assuntos Municipais, de Economia, Ciência, Tecnologia e Inovação, de Segurança Pública, e ainda a de Ética e Decoro Parlamentar.
Caso o deputado estadual José Milton Scheffer (PP) não migre para o PSD para disputar a Câmara Federal, o deverá estender convite ao ex-deputado Jorge Boeira, para que ele concorra ao cargo de deputado federal pela legenda.
Boeira já foi filiado durante alguns meses ao PSD, mas saiu do partido, sob a alegação de que o então governador Raimundo Colombo (PSD) não havia cumprido com o compromisso de descentralizar as atividades da Udesc, a Universidade do Estado de Santa Catarina, como lhe fora prometido.
Outra possibilidade ventilada dentro do PSD dá conta que o deputado estadual, e presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, poderia concorrer a Câmara dos Deputados ano que vem.