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OYX: conheça a moeda digital criada por índios

Exclusiva para comunidades indígenas de Rondônia e Mato Grosso, a moeda foi criada para garantir uma renda mínima, segurança alimentar e integração entre aldeias

 

Em um evento virtual, na última semana, povos indígenas de Rôndonia e Mato Grosso lançaram uma moeda digital exclusiva para as comunidades. Com a Oyxabaten, ou OYX, os índios pretendem promover a troca de produtos e serviços entre os povos, sem a necessidade do real, a moeda oficial brasileira. 

A OYX é uma moeda digital que foi criada para garantir uma renda mínima, segurança alimentar e integração entre as aldeias indígenas, de modo a promover uma estrutura de desenvolvimento regional para as comunidades.

A ideia partiu dos próprios índios, em meio a pandemia do novo coronavírus, depois de se verem abandonados pelo poder público. Um dos idealizadores do projeto comenta que, nos últimos meses, os povos indígenas precisaram lutar contra o vírus, contra a fome, o garimpo ilegal e o desmatamento, que sempre acontece nas regiões, sem o suporte do governo.

“Queremos mudar essa história: tudo o que buscamos é um auxílio básico, que viabilize a retomada de trabalhos, artesanato e cuidados básicos de saúde”, afirma Elias Oyxabaten.

ReproduçãoDiferente do OYX, Bitcoin é uma criptomeda que se valoriza diariamente, por isso também é usada como investimento. Foto: Wit Olszewski/Shutterstock

Token utilitário

As moedas são digitais e podem ser guardadas em carteiras de pagamentos criadas pelos índios. Cada unidade monetária equivale a R$ 10 e, inicialmente, foram emitidas cerca de 100 milhões de moedas.

Adriana Siliprandi, porta-voz da iniciativa, comenta que apesar de ser vista como uma criptomoeda, na verdade, a OYX é um token utilitário e se difere de outros ativos virtuais por não ter característica de investimento, portanto, não há valorização.

Assim, os índios envolvidos querem usar a moeda para alimentação da população local, venda de artesanatos e para a criação de trabalho. Além disso, futuramente, pode ser uma ferramenta para investir em infraestrutura para o povo indígena.

“Na nossa aldeia, ninguém é assalariado. Todos têm condições precárias de vida. A blockchain [servidor que hospeda criptomoedas] é a nossa arma, hoje, e a OYX é o meio de fazer e vencer essa guerra”, conclui Elias.

 

 

Fonte: MoneyTimes

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