A quantidade e sensibilidade das homenagens póstumas para o finado Casildo Maldaner resumem sua trajetória como cidadão, líder e político. Ele faleceu na noite dessa segunda-feira, dia 17, aos 79 anos de idade, em decorrência de um câncer que atingiu o cérebro. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal e senador da República. Em 1986, na chapa liderada por Pedro Ivo Campos, foi eleito vice-governador do Estado. Com o falecimento de Pedro Ivo, em 1990, assumiu a chefia do Executivo Estadual, concluindo o mandato em março de 1991.
O MDB de Santa Catarina e de Araranguá publicaram notas de pesar e várias lideranças expressaram suas condolências com o ocorrido. Além disso, o Governo do Estado decretou luto oficial por sete dias.
Casildo sempre foi filiado ao MDB, cujo diretório estadual presidiu por mais de 10 anos e do qual tornou-se o primeiro e único Presidente de Honra.
O comprometimento dele com a vida pública era tão intenso, que recebeu, ainda em vida, o maior dos reconhecimentos de um político: ser reconhecido, respeitado e admirado até por filiados em outras siglas. Casildo – a quem tive oportunidade de conhecer em 2000, pelas abençoadas mãos de outro ícone emedebista, o ex-prefeito de Camboriú, Andrônico Pereira Filho, Androninho - durante à campanha eleitoral na qual elegeu-se senador – considerava os correligionários de outras siglas adversários de campanha, jamais inimigos. Tinha o dom da oratória e era conciliador.
Nestas “idas e vindas” do destino divino, destaco o ensinamento da pensadora Cleonice Dourado, que diz o seguinte: “Avida é um sopro. Sopro de Deus pra vir, sopro do tempo pra ir. Deixe que os ventos a levem, seu trabalho e só torná-la inesquecível. É um capítulo com começo, meio e fim todos os dias. Hoje a gente está aqui, amanhã só quem sabe é Deus. Faça o melhor, seja o melhor, deixe o melhor na hora do adeus. A cada manhã uma nova oportunidade de saber que pra ser eterno, basta viver um bom dia de cada vez, pois o que fica pra saudade, é quem a gente era, o amor que a gente deu e o que a gente fez”.
Sobre Casildo Maldaner fica como consolo inspirar-se em seu alto astral, ímpar capacidade de ouvir e dialogar e exemplo de vida. Casildo partiu para o além, mas sua memória está mais viva do que nunca!