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Jorginho e o MDB estão cada vez mais próximos

Governador Jorginho Mello (PL), e a bancada estadual do MDB, composta por seis deputados, estão cada vez mais próximos.
 
Depois de sucessivas trocas de recados, as duas partes parecem dispostas a iniciar um namoro oficial, que deve resultar numa maior participação do MDB no primeiro escalão do Governo do Estado, como também em acertos para a composição da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, e ainda em alinhavos focados no pleito estadual de 2026.
 
Mesmo antes do início da gestão de Jorginho, o MDB já postulava duas Secretarias de Estado para dar sustentação ao então futuro governador na Assembleia.
 
Depois de muita negociação, Jorginho entregou ao deputado estadual emedebista, Jerry Comper, a Secretaria de Infraestrutura, tendo tomado o cuidado, no entanto, de nomear antes disto vários cargos comissionados, dentro desta pasta, ligados diretamente ao seu gabinete.
 
Como resultado, na prática, a Infraestrutura foi entregue ao MDB, mas com várias pessoas de confiança de Jorginho ocupando funções estratégicas dentro da Secretaria.
 
Entre aceitar esta imposição, e ficar sem nada, o MDB acabou se curvando, sabedor que no biênio 2025/2026 o governador teria que abrir os portos às nações amigas para viabilizar seu projeto de reeleição.
 
É justamente isto o que está acontecendo agora. Jorginho já acenou ao MDB com a possibilidade de o partido assumir a Secretaria de Agricultura, ou a de Assistência Social.
 
O MDB, no entanto, tem postulado a Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, onde os cargos comissionados chegam a borbulhar, com salários para lá de atraentes.
 
Um ótimo lugar, sem dúvidas, para alocar apadrinhados políticos.
 
Em meio a esta negociação, também está posta a questão da próxima Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, cuja conquista da presidência passou a ser uma questão de honra para Jorginho Mello, que não conseguiu emplacar o deputado estadual José Milton Scheffer (PP), em 2023 nesta função.
 
O governador quer eleger um deputado, ou deputada liberal, como presidente da Assembleia , ainda que apenas em 2025, podendo até mesmo ceder 2026 ao MDB, que já comanda o parlamento estadual no atual biênio através Mauro de Nadal.
 
Se toda esta negociação der certo, o terceiro passo é tentar viabilizar uma dobradinha entre o PL e o MDB para as eleições de 2026, com Jorginho disputando a reeleição tendo um emedebista como seu candidato a vice. Para os emedebistas, este seria o caminho mais curto para o partido tentar voltar a governar o Estado, já que caso Jorginho seja reeleito, o MDB ficaria automaticamente cacifado para disputar sua sucessão.    
 
Finais
 
Toda esta articulação, que nada mais é, por ora, do que uma intenção de projeto, pode ficar comprometida por conta dos interesses do deputado estadual Júlio Garcia (PSD), que nutre a expectativa de voltar a presidir a Assembleia Legislativa.
 
Foi ele o responsável por eleger Mauro de Nadal para esta função, e, agora, espera a recíproca do emedebista, assim como do próprio MDB.
 
Não obstante a isto, Júlio Garcia aposta na costura de uma verdadeira colcha de retalhos partidária para tentar viabilizar seu projeto, unindo siglas que vão desde o Partido Novo, de extrema direita, até o Psol, de extrema esquerda, para a conquista da Mesa Diretora do parlamento estadual.
 
Se isto for viabilizado, o projeto de reeleição de Jorginho pode ficar comprometido, pois seria um indicativo de extrema força política, não só de Júlio Garcia, mas do PSD, e, por consequência, do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que almeja disputar a governadoria catarinense em 2026.
 
O grande problema de Jorginho Mello hoje é a multiplicidade de partidos com assento na Assembleia Legislativa. Os 40 deputados estaduais que a compõe estão divididos em nada menos do que 13 siglas partidárias, o que dificulta as negociações em bloco.
 
Dentre os 40 deputados, de forma natural, os três do PSD de Júlio Garcia, assim como os quatro do PT e os dois filiados respectivamente no PDT e no Psol, já são oposição ao governador a qualquer projeto político de seu interesse.
 
Se o MDB não fechar com Jorginho, já se somam 15 a um projeto oposicionista.
 
Daí, para se chegar aos 21 necessários para a conquista da Mesa Diretora da Assembleia é um pulo.
 
É justamente por isto que Jorginho está 100% focado em atrair o MDB para dentro de seu governo, pois os seis deputados do partido, somados aos 11 do PL, deixariam bem pavimentado o caminho para derrotar Júlio Garcia na disputa pelo parlamento, o que significaria, também, um grande passo no desmonte dos planos do PSD com vistas à 2026. 
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