O MDB, que atualmente ocupa a Secretaria de Estado da Infraestrutura no governo de Jorginho Mello (PL) deverá ampliar sua participação na gestão estadual, em anúncio que provavelmente será oficializado ao longo desta semana.
O deputado estadual Jerry Comper (MDB) permanecerá no comando da Infraestrutura, enquanto o deputado federal e presidente estadual do partido, Carlos Chiodini, ocupará a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária.
Já o deputado estadual Emerson Stein, que na verdade ficou na primeira suplência do MDB na eleição legislativa estadual de 2022, irá para a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, abrindo vaga para que Rose Maldaner, a segunda suplente emedebista, seja içada à Assembleia Legislativa. Rose é esposa de Celso Maldaner, ex-deputado federal e ex-presidente estadual do MDB, que em 2022 disputou o Senado Federal.
Além destas duas pastas a mais, o partido também deverá passar a comandar a Fesporte, a Fundação Catarinense de Esporte, autarquia que tem status de Secretaria de Estado no governo catarinense.
Com esta amarra, Jorginho Mello praticamente sentencia que o MDB indicará seu candidato a vice ano que vem.
No decurso da última semana, o governador também recebeu o aceno do prefeito de Joinville, Adriano Silva, principal líder do Novo em Santa Catarina, e que era cotado para concorrer como candidato a vice-governador do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD).
Com declarações bastante propositivas em favor de Jorginho, Adriano deixou bem encaminhada a parceria entre seu partido e o governador para 2026.
Jorginho Mello também tem conversado bastante de perto com o senador Esperidião Amin (PP), a exemplo do que já fez em 2022, quando uma parceria entre ambos ficou prestes a ser selada, mas na última hora não foi levada adiante.
Não é segredo para ninguém que Amim almeja disputar novamente o Senado Federal, e, por óbvio, o caminho mais curto para viabilizar este projeto é através de uma aliança com o PL do governador.
Se de fato Jorginho Mello tiver o MDB como seu vice ano que vem, e ainda receber os apoios do Novo e do Progressistas, que se somariam ao apoio já declarado do Republicanos, seu projeto de reeleição já nasceria com um pé e meio na vitória.
Finais
E por conta das evidencias nos bastidores da política catarinense, que já anunciam o ingresso definitivo do MDB no governo de Jorginho Mello, o deputado federal Fábio Schiochet, que também é o presidente estadual do União Brasil, convidou o deputado estadual Antídio Lunelli (MDB) para se filiar ao seu partido, objetivando a disputa pelo Governo do Estado ano que vem.
Antídio foi pré-candidato do MDB ao governo em 2022, mas acabou derrotado em convecção pelo ex-prefeito de Joinville, Udo Döehler, que foi indicado como candidato a vice do então governador Carlos Moisés da Silva (Rep), em um projeto que naufragou no meio do caminho.
Antídio não refutou o convite e ficou de avalia-lo, mesmo porque ele está cada vez mais sem espaço dentro do MDB para costurar um projeto ao Executivo Estadual.
Em nível nacional, o União Brasil tem se afastado da base de apoio do presidente Lula da Silva (PT), e ensaia o lançamento de candidatura a Presidência da República.
Dois nomes estão no radar do partido para este projeto: o do empresário Pablo Marçal, que disputou a Prefeitura de São Paulo no ano passado, e o do cantor sertanejo Gustavo Lima, que é amigo pessoal do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um dos caciques do União Brasil nacional.
A teia de situações desencadeadas ao longo dos últimos dias em Santa Catarina não tem sido nada favorável ao prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), que no próximo dia 22 de março fará o lançamento de sua pré-candidatura ao Governo do Estado.
Em princípio, ele vislumbrava a possibilidade de ter o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), como seu candidato a vice, trazendo, no embalo, o Progressistas de Esperidião Amim para ocupar uma das vagas de candidatura ao Senado por sua aliança.
Neste momento, no entanto, tanto Adriano Silva quanto Amim parecem muito mais próximos de Jorginho Mello do que de João Rodrigues, que, pelo andar da carruagem, também não poderá contar com o apoio do prefeito de Florianópolis,Topázio Silveira Neto (PSD), que desde o ano passado tem andado a tiracolo com o governador.
A grande verdade é que Jorginho Mello tem feito valer seu poder de fogo junto a gestão estadual, que a cada mês que passa bate recordes de arrecadação.
Os convênios milionários firmados com prefeituras como as de Florianópolis e Joinville, aliados a gigantes espaços dentro de sua gestão, são tudo o que ele necessita para firmar uma robusta coligação ano que vem.