A Associação dos Municípios do Extremo Sul, a Amesc, reuniu na manhã desta quarta-feira (15), prefeitos dos 15 municípios da região, com o objetivo de traçar um plano estratégico, para receber gaúchos que deverão migrar ao Estado, por conta da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Foram 414 cidades afetadas, o que corresponde a mais de dois terços dos municípios no Estado vizinho.
Por consequência disto, muitas pessoas deverão mudar-se de vez para Santa Catarina, os chamados “refugiados climáticos”, termo que vem sendo debatido, já que não consta na Convenção de Refugiados de 1951.
Preocupado com a situação, o deputado estadual Tiago Zilli, enfatizou a necessidade de discutir medidas para acolher estas famílias desabrigadas, que deverão fixar residência principalmente no extremo-sul, chamado de “Porta de Entrada” pelos prefeitos da Amesc.
O parlamentar defende um acolhimento humanitário, com assistência social adequada. O debate deverá ser ampliado, na busca de políticas públicas que atendam a população.
A prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha, mostrou-se preocupada quanto à saúde destas pessoas, já que muitas irão necessitar de tratamento de saúde contínuo, já que muitas sofrem com doenças crônicas.
Já o prefeito de Balneário Arroio do Silva, Evandro Scaini, destacou os índices de violência no município, mostrando-se preocupado com o baixo efetivo policial, existente na cidade.
Tiago Zilli frisou que a hora é de união e junção de forças, tanto dos municípios, poder legislativo e governo do Estado.
A assessora em políticas públicas da Amesc, Rosângela Alexandrino, fará um levantamento dos dados das pessoas que chegarem a região, com o auxílio das secretarias de Assistência Social dos municípios da Amesc, e uma reunião, ainda sem data, será marcada, com a bancada do Sul, com o objetivo de definir as próximas ações que serão tomadas.
Um ofício com pedido de recursos emergenciais, também será encaminhado ao governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, para auxílio emergencial aos municípios, de modo a atender à esta demanda.
Por: Tarso Fiorenza
