Esperamos de líderes mundiais, das grandes autoridades, dos homens e mulheres de poder, que, por trás das suas importantes decisões, haja virtudes e valores de espírito notáveis, os quais justifiquem o alto cargo que exercem. É uma expectativa natural que suas ações sejam sempre empreendidas para promover acima de tudo o bem comum, em favor daqueles a quem representam e sobre os quais devem exercer sua influência. Quando estes gestos são coroados pela nobreza da humildade e pela grandeza da dedicação ao próximo, tornam-se perfeitos.
Infelizmente os recentes eventos que estão ocorrendo a nível global revelaram algo terrível sobre a elite que dirige o planeta. Assistimos aos maiores dirigentes mundiais encenando papéis de pacificadores, enquanto seus exércitos e suas armas ceifavam vidas. Ouvimos discursos de paz, mas assistimos imagens de morte e destruição. A máscara da benevolência dos senhores da guerra caiu e revelou uma face monstruosa por detrás da dissimulação de intenções e da falsa beatitude.
E descobrimos que o nosso mundo está sendo comandado por pessoas fanatizadas pelo poder. Aqueles que deveriam ser a imagem da força e do valor espiritual em liderar, mostraram-se fracos, corrompidos pela ganância e obcecados por si mesmos.
A maior força da humanidade hoje não está nas mãos dos poderosos, mas nas mãos dos humildes. Na postura solitária de pessoas comuns, cuja importância e grandeza precisam ser ressignificadas. São valores verdadeiros que remanescem no instante de oração, silêncio e recolhimento de pessoas comuns e absolutamente anônimas. Indivíduos que vivem em suas casas singelamente. Ilustres desconhecidos que preservam a pureza de coração e a simplicidade.
São pessoas que riem e choram, vêm e vão, trabalham e se divertem como podem. E de alguma forma seguem adiante. Não aparecem na TV, nos telejornais à frente de grandes e prestigiosas audiências, mas dobram os seus joelhos e prostram-se diante de Deus todos os dias. Enfrentam suas vidas sem garantias e sem holofotes, mas com coragem e honra. Estes, em seu nobre anonimato, não desperdiçam seu tempo com frivolidades e detêm maior mérito do que ilustres homens públicos que se apresentam com galhardia, mas comportam-se como verdadeiros vassalos das trevas.
É certo que existem exceções entre os grandes e em nosso país, felizmente, há líderes na atualidade que se pautam pela ética e pela decência, que se dedicam ao resgate dos valores morais, ainda que em meio a muitas lutas. Lutas que arduamente confirmam quão raras são as exceções. A verdade é que a esperança de um novo mundo e de um novo futuro está nas qualidades de todos aqueles que, líderes ou não, voltam-se a Deus, esforçam-se pelo perdão e são capazes de reconhecer a face do amor em seu próximo.
Todo indivíduo que vive cotidianamente a sua labuta pela sobrevivência, que supera as dificuldades e mantém vivas qualidades, como perseverança, honestidade, coragem, bondade, fé, enfrentando suas questões de forma ética e depositando na Luz a esperança de seus dias, será o verdadeiro vitorioso de uma época que, sem dúvida, ficará para sempre marcada na história. Estes carregam a chama Crística e serão capazes de levar a humanidade para uma próxima etapa, independente se estão em gabinetes suntuosos ricamente decorado ou em palafitas.
Talvez você, como eu, se identifique com estes indivíduos. Sim, amigo; sim, amiga, a verdadeira esperança para uma nova humanidade hoje somos todos nós e saibam definitivamente que o anonimato responsável é muito mais importante do que a notoriedade tóxica, abusiva e vaidosa de muitos poderosos que detêm o comando do mundo nas mãos. Sigamos com simplicidade. Deus está nas coisas simples.