O Progressistas nacional está cada vez mais próximo do governo do presidente Lula da Silva (PT). Na campanha eleitoral do ano passado, a legenda já deu sinais de simpatia pelo petista, ao se aproximar de sua campanha em vários Estados do Nordeste. O projeto agora é bem simples: se aliar oficialmente ao Governo Federal em troca de pelo menos um Ministério de peso.
Em princípio, o Progressistas catarinense é contra esta articulação que vem sendo feita em nível nacional, e que, diga-se de passagem, também não é consensual. Mas a célula da legenda em nosso Estado não tem forças para bater de frente com aqueles que querem ver o partido aliado a Lula. No atual mandato, o Progressistas de Santa Catarina não tem nenhum deputado federal, e conta apenas com o senador Esperidião Amin como representante na Capital Federal. Sendo assim, a falta de voz é quase total.
Nos Estados conservadores, como é o caso catarinense, a proximidade do Progressistas com o governo Lula será um tiro no pé, diante das eleições municipais do ano que vem. Quanto mais a legenda estiver próxima de Lula, mais ela perderá base eleitoral para partidos conservadores, como é o caso do PL do governador Jorginho Mello.
Interessante observar que o presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, que foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não concorda com a proximidade de seu partido com o Palácio do Planalto. A maioria dos deputados federais da legenda, no entanto, timonados pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP/AL), observam com bons olhos a entrada do partido no Governo Lula.
Trata-se de mais um daqueles típicos casos de fisiologismo político, cuja prática a população brasileira já cansou de mandar recados através das urnas. Alguns partidos, no entanto, não entendem, ou se fazem de desentendidos, e, por conta disto, a cada eleição que passa diminuem de tamanho. No caminho inverso, são justamente os que se mantém fiéis as suas bases eleitorais os que mais crescem.
Finais
Pela primeira vez o DNIT/SC manifestou interesse na federalização da SC 285, rodovia estadual que liga a BR 101, na altura de Sanga da Toca II, até a Serra da Rocinha, em Timbé do Sul. O assunto já havia sido tratado pelos prefeitos de Timbé, Turvo e Ermo com o órgão, todavia, em nenhum momento foi dado qualquer encaminhamento. Agora, com a eminência de que a Serra da Rocinha tenha sua pavimentação concluída, o DNIT demonstrou interesse na federalização, já que depois da Serra, até São Borja (RS), a rodovia já pertence a União. O prefeito de Turvo, Sandro Cirimbelli (PP), defende a tese de que seja feito um anel viário em seu município, para que a futura BR 285 não passe por dentro da cidade. A mesma tese é defendida pelo prefeito de Ermo, Paulo Della Vechia (PL).
Em princípio, governador Jorginho Mello (PL) acertou em cheio ao nomear a deputada federal Carmem Zanotto (Cidadania) como Secretária de Estado da Saúde. De forma disparada, Carmem ocupa a Secretaria de Estado mais elogiada pelos prefeitos catarinenses, que estão vendo as demandas reprimidas do setor serem resolvidas de forma bastante ágil. Dentre estas demandas estão as cirurgias eletiva e as parcerias com os hospitais filantrópicos. O que se percebe pelo modelo de gestão de Carmem Zanotto é que quando há vontade e empenho, o poder público pode ser tão eficiente quanto a iniciativa privada. Torcida da maioria dos prefeitos é que ela não se desincompatibilize de suas funções em março do ano que vem, para disputar a Prefeitura de Lages, como se é especulado.