Presidente Lula da Silva (PT) prometeu em campanha que seu governo teria o maior número de mulheres ocupando Ministérios, se levando em conta toda a história do Brasil. Em princípio ele cumpriu a promessa, ainda que ao custo de um estrondoso aumento de Ministérios em Brasília. O fato é que Lula recebeu do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) um governo alicerçado em 23 Ministérios. Do dia para a noite eles passaram a ser 37, um aumento de mais de 60% na estrutura de primeiro escalão do Governo Federal. Este número ainda foi aumentado há algumas semanas, com a criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas, que foi entregue ao ex-governador de São Paulo, Márcio França, do PSB do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin. O Governo Federal tem hoje, portanto, 38 Ministérios.
Em um primeiro momento, onze mulheres ocupavam Ministérios no governo Lula, mas duas delas foram desalojadas de suas funções para que suas pastas fossem entregues a partidos supostamente aliados no Congresso Nacional. Neste sentido, perderam suas funções, Daniela Carneiro, que era Ministra do Turismo, e também a catarinense Ana Moser, que era Ministra dos Esportes. No embalo dos arranjos políticos, na semana passada a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, também perdeu o seu cargo.
Com as alterações, o primeiro escalão do governo Lula, que tinha 30% de suas vagas ocupadas por mulheres, passou a ter apenas 24%, um índice que ainda é alto, se comparado a governos anteriores. De todo modo, Lula já não detém mais o título de ter governado o país com o maior número de mulheres ocupando Ministérios. Quem detém esta primazia, agora, é a ex-presidente Dilma Rousseff, também filiada ao PT, que trabalhou com dez mulheres em seu primeiro escalão. Lula, atualmente, tem apenas nove.
Quando questionado sobre o tema, Lula diz que seu governo não terminou ainda, e que haverá bastante tempo para recomposições, o que poderá levar outras mulheres a ocupar Ministérios, ou Secretarias Nacional, em futuros ajustes políticos.
Finais
Deputado estadual José Milton Scheffer (PP) voltou a ser cotado para assumir a liderança do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, função que ele já ocupou à época do ex-governador Carlos Moises da Silva (Rep). Convém lembrar que o Progressistas faz parte da base de apoio da gestão do governador Jorginho Mello (PL), e também ocupa a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços, pasta que tem a frente o presidente licenciado do partido, o ex-deputado estadual Silvio Dreveck. Ainda que namore com o MDB, fica cada vez mais claro que Jorginho Mello quer mesmo é um casamento com o Progressista, tanto para as eleições municipais de 2024 quanto para a estadual de 2026. De sua parte não faltarão esforços para estreitar as relações entre o PL e a legenda do senador Esperidião Amin (PP).
Ex-prefeito de Turvo, Heriberto Schmidt (MDB), voltou a ser cotado por seu partido para disputar a Prefeitura Municipal no ano que vem. O MDB saiu do pleito eleitoral de 2020 totalmente rachado, e tudo levava a crer que permaneceria assim em 2024. Críticas públicas feitas por um vereador do Progressistas turvense às gestões dos ex-prefeitos Ronaldo Carlessi e Tiago Zilli, no entanto, reacenderam os brios dos emedebistas. Heriberto, que concorreu como candidato a vice-prefeito na eleição passada, em uma chapa encabeçada pelo então vereador Edson Dagostin, o Pisca (MDB), passou a despontar como nome do partido para enfrentar as urnas no próximo pleito municipal como candidato a prefeito. Ele já administrou Turvo em três mandatos, e não esconde de ninguém seu desejo de voltar a ribalta.