• Quinta-feira, 28 de Março de 2024
  1. Home
  2. Saúde
  3. Quarentena e teste de Covid-19: entenda como será a entrada de estrangeiros em SC

Saúde

Quarentena e teste de Covid-19: entenda como será a entrada de estrangeiros em SC

Ministro da Saúde afirmou que o governo adotará uma quarentena de cinco dias para não vacinados que venham ao país.

O Governo Federal anunciou em coletiva nesta terça-feira (7) que exigirá dos viajantes estrangeiros não vacinados que desembarcarem no Brasil uma quarentena de cinco dias seguida de teste de Covid-19 tipo RT-PCR, para conter a nova cepa Ômicron.

Diante das novas normas, entenda como ficará a entrada de turistas em Santa Catarina e a expectativa da categoria para a temporada de verão.

Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, afirmou que o governo adotará uma quarentena de cinco dias para não vacinados que venham ao país. Após o período, deverão realizar um teste de Covid-19 com resultado negativo.

Já para pessoas vacinadas está mantida a exigência do RT-PCR realizado até 72h antes da viagem. “Decidimos que o RT-PCR seria utilizado como já vem sendo utilizado desde o início do enfrentamento da pandemia o indivíduo que vem ao Brasil tem que ter um teste RT-PCR negativo realizado 72 horas antes”, acrescentou Queiroga.

Para o epidemiologista e professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), Fabrício Augusto Menegon, as novas normas estabelecidas pelo governo são fundamentais “para controlar minimamente a entrada de novas variantes do coronavírus no Brasil”.

Acerca do período de quarentena, Menegon afirma que “cinco dias é pouco porque leva em conta o período médio em que a infecção pode se manifestar”.

“Temos que lembrar que o início dos sintomas da Covid-19, em média, se manifestam entre cinco dias e sete dias, mas podem se manifestar até 14 dias”, continua. “Não basta manter o sujeito cinco dias em quarentena e que ele apresente um teste negativo, tem que ser monitorado pelo menos até 14 dias”, explica o epidemiologista.

“O correto seria que as pessoas que chegassem ao Brasil vindas do exterior apresentassem um teste de PCR negativo e, a cada 72 horas, durante 14 dias, fizessem um teste novo. Se após esses 14 dias não apresentarem sintomas estariam liberadas para fazer atividades. Isso seria uma barreira sanitária altamente eficiente”, complementa o professor da UFSC.

Conforme Fabrício Augusto, com base em sua experiência com saúde pública e pandemia, as atitudes e restrições são mínimas. “O que está sendo feito é muito pouco, é o mínimo, ainda correndo o risco de deixarmos escapar eventualmente pessoas que têm essa infecção viral e que não manifestaram sintomas no período de cinco dias”, declara o professor.

Normas em Santa Catarina

A SES (Secretária de Estado da Saúde) informou em nota que “O Estado de Santa Catarina não tem autonomia para implementar regras para viajantes internacionais. Essas regras devem ser adotadas pelo governo federal, de acordo com as recomendações da Anvisa”.

O Estado então, segue a portaria Nº 658, de 5 de outubro de 2021, vigente em todo território brasileiro e que diz respeito às normas para entrada de estrangeiros no país.

Impacto no turismo

Atualmente, a entrada de estrangeiros no país está proibida por via terrestre, o que ameaçaria o turismo em Santa Catarina, já que a maioria dos viajantes de países vizinhos optam por ônibus de excursão ou veículos próprios para virem ao Estado.

O presidente da Santur (Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina), Rene Meneses, argumenta que as fronteiras terrestres fechadas podem prejudicar o turismo, em vista que o Estado está habituado a receber turistas de países como a Argentina.

“O Governo do Estado, por meio da Santur, tem tratado desse assunto com a Anvisa e o Governo Federal, no sentido de que a fronteira de Santa Catarina com a Argentina seja reaberta, mas com respeito aos protocolos sanitários necessários para o controle da pandemia”, comenta Meneses.

“Embora a perspectiva para esta temporada seja muito boa, ainda é necessário estarmos atentos às medidas sanitárias e agir com responsabilidade”, acrescenta o presidente da Santur.

“Estamos com esse grande problema. Existe até um número significativo de argentinos que efetuaram reservas e que demonstram interesse em fazer, porém, há a preocupação dessas reservas serem canceladas por não poderem vir por meio terrestre. Hoje é nosso grande drama”, disse Estanislau Bresolin, presidente do SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Grande Florianópolis).

Medidas adotadas pelo governo federal vão contra recomendações da Anvisa

Uma recomendação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), feita no dia 25 de novembro, sugere que seja permitido apenas estrangeiros imunizados, há pelo menos 14 dias da segunda dose ou dose única, de qualquer vacina aprovada pela Anvisa ou OMS (Organização Mundial da Saúde).

A agência reguladora ainda alegou que a falta da cobrança dos certificados de vacinação pode fazer com que o Brasil seja um destino para turistas não vacinados.

As medidas, que não foram acatadas, foram vistas pelo governo como discriminação entre vacinados e não vacinados. “Naturalmente que o posicionamento da Anvisa é um posicionamento do órgão regulatório pode ser acatado ou não na sua totalidade pelo governo”, comentou o ministro da Saúde durante coletiva.

Conforme uma nota publicada pela Anvisa após o anúncio, o órgão aguarda a publicação da portaria. “Com relação ao anúncio dos ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Casa Civil, Ciro Nogueira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aguarda a publicação da nova portaria sobre atualização das medidas excepcionais e temporárias para entrada no país como forma de enfrentamento da Covid-19”, disse à Agência.

Fonte: ndmais

Com custo de R$ 710, Florianópolis tem cesta básica mais cara entre as capitais do país Próximo

Com custo de R$ 710, Florianópolis tem cesta básica mais cara entre as capitais do país

Em alta Anterior

Em alta

Inscreva-se em nossa Newsletter

Fique por dentro das nossas novidades.