Para a campanha “Setembro Amarelo”, a Escola de Educação Básica de Araranguá, conhecida como Estadual, através do Grêmio Estudantil, propôs uma atividade aos alunos para auxiliar na prevenção ao suicídio. Para a execução desse projeto, foi colocado uma caixa próximo à secretaria, para que os estudantes depositassem ali seus sentimentos e desabafos.
Na abertura da caixa, que aconteceu durante as aulas de Filosofia no dia 28 de Setembro, o professor encontrou escrito “MASSACRE NA ESCOLA 04/10” em um dos bilhetes. A direção foi comunicada sobre, apenas no dia 3 de Outubro. Outras turmas, que não faziam parte do projeto, acabaram tomando conhecimento da ameaça.
Os alunos acabaram comentando sobre e espalhando o boato nas redes sociais. Segundo o diretor geral da EEBA, Luiz Fernando Martins, foi então que começou a gerar pânico entre as turmas. “Na manhã do dia 4, um acolhimento foi organizado para receber os estudantes em frente à escola. A Polícia Militar também foi convocada por nós, foi quando registramos o Boletim de Ocorrência. Um documento informativo também foi enviado à CRE (Coordenadoria Regional de Educação) e posteriormente a Sed”, explica.
Ainda segundo o diretor, há uma suspeita do autor do bilhete, mas a Polícia investiga o caso. Já o professor que abriu a caixa com os bilhetes, será responsabilizado por não ter informado imediatamente à Direção da Escola. “Isso teria nos dado tempo para tomar providências e, talvez, o boato não teria se espalhado tão rápido, tomando as proporções que tomou, gerando certo pânico na escola. Os pais que têm procurado a escola, converso com eles. Os demais, mandei um recado pelo grupo de WhatsApp com os representantes das turmas. Fizemos e estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance”, pontua.
A direção também se reuniu com a OAB Araranguá, que presta auxílio à Escola neste momento.
O que diz a Polícia
Segundo a Polícia Militar, a ameaça por parte do aluno foi identificada na última terça-feira, 4, mas o autor do bilhete, ameaçando o massacre, não foi identificado. A Polícia Militar esteve, conversou com o diretor da Escola, mas no local nada aconteceu. O Boletim de Ocorrência foi registrado. Não foi encontrada nenhuma arma ou qualquer outro objeto suspeito pelos policiais.
As aulas seguem normalmente na EEBA. Os professores foram orientados a justificar as possíveis faltas e serem mais flexíveis nas avaliações nestes dias, já que alguns pais e estudantes não se sentem seguros em frequentar as aulas. A rotina deve voltar ao normal a partir da próxima segunda-feira, 10.
Fonte: Post TV