Dizem que quando nasce um bebê, nasce uma mãe. Mas eu acredito que a maternidade começa na gestação. A gravidez pode ter sido planejada ou não, pode ter sido um grande susto ou uma grande emoção. Mas a verdade é que, quando aquela sementinha começa a crescer no ventre, um sentimento surreal começa a nascer.
O corpo humano, perfeita criação de Deus começa a se transformar, para receber um milagre que chamamos de VIDA. São tantas mudanças e emoções que acaba tornando impossível descrevê-los. Tudo começa com a criação do vínculo, a ligação entre a mãe e o bebê.
Onde um órgão chamado de placenta formado por tecidos maternos e fetais, começa a estabelecer uma troca de substancia entre mãe e feto e um cordão umbilical permite a comunicação entre o feto e a placenta. Então presenciamos a mágica acontecer a combinação linda de Placenta e Cordão umbilical.
E assim, por aproximadamente 9 meses o bebê mora dentro da bolsa amniótica sendo alimentado pela placenta através do cordão.
E aí entende-se que a “independência” do bebê inicia no momento do corte do cordão umbilical. Pois a partir desse momento terá de sobreviver por si só.
E-M-O-C-I-O-N-AN-T-E.
Dito tudo isso, agora eu posso dizer, que ali naquele exato momento do corte do cordão, Renasce uma nova mulher. Que começa a viver intensamente essa metamorfose chamada de Maternidade. São muitas fases desafiadoras, pós parto, amamentação, sono, mudança hormonal, auto estima, medo, insegurança, cansaço, trabalho, casa, marido, filhos, licença maternidade, introdução alimentar e a volta ao trabalho.
Cortar a maternidade em tempo integral da mãe e do bebê, não é tão fácil como cortar o cordão umbilical. Pelo menos pra mim, não foi e não esta sendo, nada fácil.
Eu que sempre me considerei a super desapegada, me vi em uma das mais desafiadoras etapas da maternidade.
A insegurança de não dar conta de toda demanda, de não estar presente em algum momento de necessidade do filho, ou que alguém esta ocupando um papel, que ate agora, foi apenas seu. Ou ainda, a sensação de ter que escolher entre filho ou trabalho. Que doideira né!?!
Os primeiros dias foram difíceis , ansiedade a mil, bati o carro, falta de concentração, coração apertado, medo e muita, muita saudade. Os dias seguintes foram um pouco melhores, e aos poucos vamos aprendendo a ter tempo de qualidade.
Precisamos parar de sofrer por antecipação, parar de nos culparmos sempre e por nos cobrarmos tanto. Viver um dia de cada vez, com a leveza de que o amanha sempre será infinitamente melhor que hoje. E que sim, tudo passa, tudo vai ficar bem.
Um filho nunca sera uma questão de escolha, eles são parte da gente. Eles sabem e sentem isso, então você nunca estará escolhendo entre o filho e uma determinada situação, você esta apenas cumprindo o seu papel de profissional.
E falando em papel, nós mães e mulheres, somos campeãs nesse assunto né??
Acredite em seu instinto, chore, desabafe, mas não sofra. Ser mãe é realmente padecer no paraíso. Voltar ao trabalho será apenas um dos muitos desafios que você irá enfrentar e vencer.