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Gêneros: Musical; por que você precisa começar a assistir filmes musicais agora

Vamos já deixar uma coisa bem clara aqui, eu sou completamente louca por filmes musicais, inteiramente, 100%, absolutamente maluca por musicais. E se você é daqueles que já revira os olhos para quem tenha a ousadia de adorar ver pessoas entrando em números musicais no meio de uma conversa enquanto todos ao redor parecem achar tal atitude completamente normal, senta um pouquinho porque precisamos conversar. O gênero musical deve ser dos mais menosprezados pelo grande público, o motivo pra isso é bem variável, mas geralmente gira em torno da dificuldade das pessoas em normalizar o fato de que os personagens estejam cantando e dançando perfeitamente coreografados fazendo com que tire um pouco o senso de que suas ações sejam naturais, algo que eu até entendo - mas aí está um ponto bem importante de se aprender a apreciar musicais, da mesma forma que quando você assiste a um filme com monstros sobrenaturais você precisa partir do princípio de que monstros sobrenaturais existem naquele universo, compreender que a mesma associação precisa ser feita com filmes musicais é o primeiro passo. Eu sempre fui doida por música, então aprendi desde nova a me apaixonar por musicais porque me encantei com a junção das duas coisas de que mais gostava, o cinema e a música. Se você é do tipo de pessoa apaixonada por música que tem arrepios quando ouve certas canções eu diria que suas chances de se apaixonar por musicais cresceu em grande escala. Um grande musical costuma ter algumas das principais características que qualquer grande filme possui: uma história convincente e cativante capaz de criar uma conexão com o público, nos transportar para dentro dessa história e excelente música e coreografias (duas coisas que todo bom musical possui). Musicais podem tratar de histórias muito dramáticas e tristes da mesma forma que podem ser excelentes comédias, seja qual for o gênero, todo bom musical vai conseguir extrair a mesma reação de você: pura emoção. Para melhor explicar esse sentimento que eu tenho com musicais vou indicar alguns dos meus preferidos aqui e especificar quais são os melhores para quem quer dar uma chance à um dos melhores gêneros do cinema, mas ainda tem um pouco (ou muito) preconceito. Só não se assuste nem estranhe se eu falar de cada um deles com muito amor e intensidade, é incontrolável em mim.

Moulin Rouge – Amor em Vermelho (Moulin Rouge – 2001)

Esse musical repleto de cor de Baz Luhrmann é um de meus filmes preferidos e perfeito para quem tem dificuldade em aceitar os filmes do gênero. Christian é um jovem escritor que possui um dom para a poesia e que se mudou recentemente para Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec, que o ajuda a participar da vida social e cultural do local que gira em torno do Moulin Rouge, uma boate que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian logo se apaixona por Satine, a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge. As músicas do longa não são em sua maioria originais e conta com artistas que vão de David Bowie e Beatles a Madonna e Elton John. O filme consegue ser divertido e trágico ao mesmo tempo e é impossível não se apaixonar por sua história, seus personagens e seu elenco.

Cantando Na Chuva (Singin’ In The Rain – 1952)

Esse clássico do cinema é também um dos melhores filmes já feitos até hoje. Além das excelentes e divertidas músicas, o longa ainda retrata a mudança do cinema mudo para o falado e a dificuldade que muitos atores tiveram em se adaptar à essa nova era. É por conta disso que as vidas dos protagonistas Don Lockwood e Kathy Selden se cruzam. Don, um famoso ator do cinema mudo costuma estrelar seus filmes com Lina Lamont, o problema é que a atriz possui uma voz terrível e eles precisam encontrar uma forma de se adaptar ao novo cinema. Gene Kelly dirige e estrela o longa ao lado da absolutamente maravilhosa Debbie Reynalds. Só o fato de o longa possuir a dupla e ser um dos maiores clássicos do cinema é razão suficiente para você dar uma chance à Cantando Na Chuva.

Nasce Uma Estrela (A Star Is Born – 1954)

Você provavelmente ouviu falar da versão de Nasce Um Estrela lançada ano passado e estrelada por Lady Gaga e Bradley Cooper, acontece que o filme do ano passado é o quarto remake de mesmo nome. O segundo é a versão de 1954 e o primeiro lançado em formato de musical. O longa é estrelado pela absolutamente maravilhosa Judy Garland e ainda continua sendo a melhor das 4 versões. A história é basicamente a mesma com algumas alterações: Norman Maine é um astro do cinema em decadência que conhece Ester Blodgett, uma sonhadora artista que deseja se tornar uma grande estrela do cinema. Norman realiza o sonho dela e os dois se apaixonam e se casam. Ester assume o nome artístico de Vicki Lester e vê sua carreira decolando cada vez mais, o problema é quanto mais sua fama aumenta, mais ela vê Norman se afundando no álcool. O filme é tocante e as músicas são maravilhosas, se você gosta do estilo musical dos anos 50 vai se apaixonar pelo filme e por Judy Garland, que está fantástica como sempre.

O Mágico de Oz (The Wizard Of Oz – 1939)

Já que estamos falando em Judy Garland, outro sucesso da atriz é mais uma obra-prima do cinema clássico. A história também já e bem conhecida por todos, Dorothy se vê carregada por um ciclone com seu cachorro Totó de Kansas para Oz e caem justamente em cima da Bruxa Má do Leste a matando. Agora, ela precisa encontrar uma forma de voltar para casa, mas não antes de fazer amizades inesperadas e precisar escapar de outra Bruxa Má. Esse anti conto de fadas da era do cinema technicolor é bem mais inteligente e sombrio do que suas músicas em tons leves e alegres dão a impressão de que seja, e justamente por isso o longa já se torna uma obrigação para quem gosta (ou quer gostar) de musicais.

The Rocky Horror Picture Show (1975)

É impossível negar a importância e o significado que Rocky Horror teve quando foi lançado e que mantem até hoje, como um bizarro e burlesco musical que tem como protagonista um travesti alienígena que veio de Transsexual, Transilvânia. Os namorados Brad e Janet têm um pneu furado durante uma tempestade e descobrem a misteriosa mansão do louco cientista Dr. Frank-N-Furter. Eles encontram uma casa cheia de personagens selvagens, incluindo um motociclista e um mordomo assustador. Através de danças sistemáticas e canções de rock, Frank-N-Furter revela sua mais recente criação: um homem musculoso chamado Rocky. O musical de rock potente, mas suave, com uma lista de músicas irresistivelmente cativantes se tornou cult quase instantaneamente e cultiva fãs fiéis até hoje. Tim Cury é a atração principal do filme e entrega aqui não apenas o seu melhor trabalho, mas uma das mais fantásticas e avassaladoras atuações do cinema como Frank-N-Furter.

Mamma Mia! (2008)

Esse é provavelmente um dos mais fáceis musicais para se apaixonar já feitos (competindo diretamente com Moulin Rouge em uma competição não oficial). Se você gosta um pouco que seja de ABBA eu não sei o que ainda está esperando para ver o filme. Donna, a proprietária de um hotel nas ilhas gregas, está preparando o casamento de sua filha com a ajuda de duas amigas. Enquanto isso, a noiva Sophie convida três ex-namorados de sua mãe na esperança de conhecer seu verdadeiro pai. Convenhamos que colocar Meryl Streep em um filme com as músicas do ABBA chega a ser um absurdo e uma falta de consideração com os outros filmes lançados na mesma época. Assim como as músicas do ABBA, o filme é cheio de emoção e tão divertido que não tem nada de errado se você quiser levantar e começar a dançar na frente da tv, na verdade eu até recomendo.

  

 

Os Miseráveis (Les Misérables – 2012)

É impossível falar de musicais sem mencionar Les Mis. A peça é um dos maiores sucessos da história da Broadway e esse sucesso foi repetido (para surpresa de absolutamente ninguém) no cinema. A trama se passa na França do século 19, pós revolução francesa. O ex-presidiário Jean Valjean, perseguido ao longo de anos pelo impiedoso policial Javert por ter violado sua condicional, busca redenção pelo seu passado e decide acolher a filha da prostituta Fantine. Esse drama sobre amor, dores, guerras e perdas é pesado e trágico, algo que faz com que suas músicas sejam poderosas e capazes de arrancar a emoção facilmente. Porém, o fato do filme praticamente não possuir nenhuma cena sem ser cantada, faz com que não seja a melhor opção para quem quer aprender a gostar de musicais. Mas que Les Mis é um dos mais lindos musicais já feitos não existem dúvidas e justamente por isso é um de meus preferidos.

Sweeney Todd – O barbeiro Demoníaco da rua Fleet (Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street – 2008)

Como uma boa admiradora do trabalho em conjunto de Tim Burton e Johnny Depp eu me apaixonei por Sweeney Todd na primeira vez que vi o longa depois de aluga-lo e assisti-lo umas 4 vezes antes de devolvê-lo novamente. É tanto, que Sweeney Todd acabou servindo também como uma nova introdução à musicais pra mim, que na época adorava assistir aos musicais da Disney e A Noviça Rebelde. Sweeney Todd me mostrou uma outra vertente dos musicais e influenciou diretamente no meu encantamento com os filmes por seu lado sombrio e suas musicas com letras fortes, tocantes e horripilantes. Essa história sobre a vingança de Benjamin Baker – Sweeney Todd – contra o juiz Turpin que o enviou para uma prisão distante sob falsas acusações para que pudesse roubar sua mulher e filha não é pra quem tem estômago frágil. E como todo bom filme de Tim Burton essa adaptação está à altura dos melhores trabalhos do diretor e de quebra ainda temos Johnny Depp e Alan Rickman (nosso eterno Severo Snape) cantando maravilhosamente.

O Fantasma da Ópera (The Phantom of The Opera – 2004)

Chegamos no que considero o maior musical de todos os tempos, e por mais que eu tenha indicado aqui a adaptação do musical ela não consegue tão poderosa quanto sua versão para o teatro e a versão para ao cinema acabou não sendo muito boa. La Carlotta é a diva de uma conceituada companhia teatral, que é responsável pelas óperas realizadas em um imponente teatro. Temperamental, La Carlotta se irrita pela ausência de um solo na nova produção da companhia e decide abandonar os ensaios. Com a estreia marcada para o mesmo dia, os novos donos do teatro não têm outra alternativa senão aceitar a sugestão de Madame Giry e escalar em seu lugar a jovem Christine Daae, que fazia parte do coral. Christine faz sucesso em sua estreia, chamando a atenção do Visconde de Chagny, o novo patrocinador da companhia. O Visconde e Christine se conheceram ainda crianças, mas ele apenas a reconhece na encenação da ópera. Porém o que nem ele nem ninguém da companhia, com exceção de Madame Giry, sabem é que Christine tem um tutor misterioso, que acompanha nas sombras tudo o que acontece no teatro: o Fantasma da Ópera. A peça é absolutamente fantástica e uma das maiores obras primas do teatro musical. O melhor de tudo é que foi lançado em dvd a peça em comemoração dos 25 anos do lançamento do musical, então, ao invés de assistir ao filme você pode procurar a diretamente a peça gravada no Royal Albert Hall em Londres. Como o meu musical preferido eu não tenho como indicar ele mais que qualquer outro da lista, mas por se tratar de um musical com um toque de ópera é preciso de um pouco mais de vontade para assisti-lo, caso isso possa ser um problema pra você.

Crazy Ex-Girlfriend (2015 – 2019)

Ok, essa última foge do padrão da lista já que não é um filme e sim uma série de tv. Mas acontece que eu tenho uma filosofia de que se eu falo sobre musicais com as pessoas eu obrigatoriamente também preciso falar sobre Crazy Ex. Os motivos são dois: eu absolutamente AMO a série e mais pessoas precisam começar a assisti-la porque tudo que é bom demais precisa ser compartilhado. Rebecca Bunch é uma jovem mulher bem-sucedida, apaixonada pela vida e possivelmente maluca, que impulsivamente desiste de tudo — incluindo a sociedade em uma firma de advocacia e seu apartamento chique em Manhattan — em uma tentativa desesperada de encontrar o amor e a felicidade num lugar repleto de romance e aventura: West Covina, na Califórnia. A série encerrou este ano e suas quatro temporadas são absurdamente maravilhosas, hilárias, inteligentes e totalmente inusitadas. Alguns dos temas centrais são feminismo, rivalidade entre mulheres, autoestima, ética e por aí vai. Por mais que fosse a série com a menor audiência da tv aberta americana, ela sobreviveu 4 temporadas e foi renovada mesmo quando séries com maior audiência foram canceladas, isso porque mesmo com o baixo número de espectadores Crazy Ex é um sucesso de crítica e recebeu várias indicações para premiações. Ela no fim reafirma o que eu disse lá no começo, as pessoas tem bastante preconceito com musicais, e eu garanto que se dessem uma chance maior, encontrariam filmes (ou Crazy-Ex) para se apaixonar, e a verdade é que eu poderia fazer uma coluna inteirinha só pra falar tudo o que Crazy-Ex tem de bom. A série está completinha no catálogo da Netflix.

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