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Secovi recomenda bom senso em negociações de relações locatícias durante a quarentena

No mercado imobiliário, as medidas tomadas por conta do Coronavírus devem afetar, principalmente, as locações

A pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) já afetou diversos países em todo o mundo, tanto socialmente, como economicamente. Quando a principal recomendação para diminuir o contágio pela doença, além da higienização das mãos e de objetos, é o isolamento social, o cenário mais recente é de escolas fechadas, assim como empresas, instituições, o comércio em geral e os serviços também paralisados. Como é imaginável, tais medidas afetam drasticamente a economia nacional e global e diversos setores já mostram preocupação, entre eles o imobiliário.

Com vários estabelecimentos fechados e serviços parados ou alguns operando, mas abaixo da capacidade ideal, a rentabilidade da classe empresarial passará por mudanças negativas, assim como a renda de trabalhadores comissionados, profissionais autônomos, entre outros. Dentro deste panorama, o que já preocupa o setor imobiliário, por exemplo, são as relações locatícias, como explica o presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC), Helmeson Machado.

Segundo ele, em relação às locações, a principal recomendação, neste momento, é o bom senso e a negociação, os quais devem prevalecer em todos os casos, a fim de determinar quem deve pagar e quem deve receber, inclusive quanto. “É o momento de utilizar a serenidade do conhecimento de mercado que as administradoras já possuem para encontrar um meio termo que possa reduzir os impactos negativos que as medidas provocaram na economia local”, salienta.

Machado exemplifica: “Nas locações não residenciais, onde os decretos impediram o comerciante de abrir suas portas e produzir seu faturamento, é vital que haja um bom acordo, tanto para a empresa que teve seus rendimentos frustrados, como para o locador, pois, em muitos casos, ele sobrevive da renda daquele aluguel”.

O presidente do Secovi Sul/SC também ressalta o caso dos comércios e indústrias que não tiveram a obrigação de cessar seus trabalhos, como as farmácias. No entanto, apesar de continuarem abertos para o atendimento, tais estabelecimentos não tiveram o público comum aos dias normais para fazer render seu faturamento mensal.

“De outro Norte, existem as locações residenciais, elas não foram afetadas no que diz respeito ao seu uso, porém, na renda do locatário pagador pode ter havido prejuízo, uma vez que ele pode ser um desses comerciantes afetados pela proibição de funcionamento”, completa.

Auxílio das administradoras e do Secovi

Em relação às negociações, Machado garante que as administradoras de locação têm papel fundamental. Conforme ele, as administradoras possuem o conhecimento direto de todas as variáveis que o mercado sofreu, já que atua em todos os segmentos. Elas contam, ainda, com a expertise da negociação que está imbuída no trabalho diário desses profissionais. Além delas, Machado também destaca a importância do Secovi nestas tratativas.

“O Sindicato da Habitação participa diretamente dessas tratativas, orientando as empresas do mercado imobiliário sobre o melhor caminho a seguir e as consequências de cada ato praticado nas negociações. Porém, a negociação direta dos casos é feita pelas partes envolvidas no contrato, sem a presença física do Secovi. Cabe ao Sindicato também, e já está sendo feito, um estudo das relações trabalhistas entre condomínios e funcionários, dos trabalhadores dos shopping centers, que são muitos, além das questões macroeconômicas que envolvem o momento conturbado do mercado imobiliário”, adianta ele.

Análise do Sindicato

Mesmo de forma remota, a diretoria do Secovi Sul/SC está diariamente reunida com lideranças de todos os estados brasileiros para mensurar o tamanho da crise e a forma como as medidas tomadas em função do Coronavírus devem afetar o mercado imobiliário nacional.

Também são estudadas diversas possibilidades para contornar os percalços possivelmente identificados, com o objetivo de minimizar seus resultados negativos. O que é possível afirmar, pelo menos neste momento, é que o segmento de locação deve ser o mais afetado dentro do setor imobiliário.

“Isso porque as locações vinham num momento de recuperação gradual. E isso reflete diretamente nos outros setores do mercado, reduzindo os investimentos em imóveis por falta de atratividade nos rendimentos auferidos. Nesse fato, cabe ressaltar que estamos atuando fortemente junto aos administradores públicos para que publiquem medidas compensatórias e de impacto rápido, no sentido de aquecer a economia como um todo, iniciando pelo setor da construção civil, que, hoje, é o carro chefe contra o desemprego e o melhor caminho para a distribuição de renda no Brasil”, finaliza Machado.

Texto: Vanessa Amando | NBCom

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