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Museu Histórico de Araranguá: por que é importante?

No Dia Mundial do Museu, contamos a história do Museu que conta a história de Araranguá

As primeiras reuniões para tratar da possível criação de um museu em Araranguá aconteceram em 2008. O projeto foi encaminhado pela historiadora Micheline Vargas, agora diretora de Cultura do Município, pelo diretor à época, professor Vânio Coral e pelo prefeito. O espaço já pertencia a Diretoria de Cultura, mas não era utilizado. Pelo menos, não com algo tão importante quanto o que lá existe hoje.

“Na época, eu tinha um projeto com o arquivo histórico. Fazia a organização e a digitalização. O Vânio fez uma exposição com o acervo que temos aqui. Foi então que atentei para a necessidade de se ter um espaço adequado para expor as peças. Araranguá era uma cidade com anos de história que ainda não tinha seu próprio museu”, recordou Micheline.

A partir daí aconteceu a reunião entre historiadores, prefeito e diretor de Cultura e decidiram pela criação do museu. E já no ano seguinte, o sonho finalmente saiu do papel. “Quando resolvemos cria-lo, um museólogo foi contratado para fazer a parte técnica, instruindo sobre o que era adequado para fazer as exposições. E foi feita a reforma. Tudo dentro dos padrões. Tudo como devia ser feito”, esclareceu.

A historiadora e diretora de cultura conta que o povo araranguaense não costumava doar muitos objetos históricos aos espaços públicos. E isso poderia ser visto como um problema a um museu. “Diferente de cidades como Turvo, por exemplo, que tem cama, mesa e uma infinidade de louças, em Araranguá não tivemos essa doação. Então, não tínhamos como ter um museu permanente”.

Mas havia uma solução. “Nós abrimos as portas de um museu temático”, explicou Micheline. Desta forma, a cada três ou quatro meses o Museu Histórico de Araranguá recebe uma nova exposição, que conta a história da Cidade das Avenidas. “Novo tema, nova discussão, novas visitas. Isso é muito bom porque, desta forma, a gente tem sempre um novo motivo para convidar a comunidade para prestigiar nossas exposições”, pontuou.

Também é desta forma que a Diretoria de Cultura garante a participação da comunidade nas questões culturais. “O acervo muitas vezes está na família. Então, nós buscamos junto a eles, fazemos a exposição e depois devolvemos aos donos”.

O acervo

Apesar de não ficar exposto em sua totalidade, o acervo do Museu Histórico de Araranguá existe. Ele fica na reserva técnica. “De acordo com a exposição, nós buscamos em nosso acervo peças. É mais ou menos como fazer um trabalho científico e ir buscar bibliografias para montá-lo”, compara.

Máquinas de escrever, máquinas de costura, cédulas antigas e itens arqueológicos fazem parte do acervo que conta com outras peças. Não se sabe, ainda, a quantidade de peças contidas lá. “Neste momento, temos uma pessoa que está fotografando e catalogando todos os itens, mas ainda não chegou ao fim do trabalho. Estamos fazendo isso para garantir a conservação e preservar nosso acervo”, explicou.

A reforma

A estrutura começou a ser reformada no ano de 2017. Tudo aconteceu aos poucos, começando por ele, o Museu. Em 2018 foi a vez do andar superior, onde funciona a sede da Diretoria de Cultura. Já no fim do mesmo ano o prédio recebeu a nova pintura. E, agora, vai acontecer a reforma do telhado. “Fizemos por partes para garantir a segurança do nosso acervo”, contou Micheline.

O valor do Museu

“Falar da importância do Museu, é falar sobre a importância da própria história cidade”, esta frase, pronunciada por Micheline, descreve bem o valor do Museu Histórico de Araranguá. Para ela, o local também tem relevância social. “Você só vai buscar algo a comunidade em que você mora se você tem sentimento de pertencimento. E quando se trabalha com a história, se estimula o sentimento de pertencimento”, disse. “Precisamos preservar a história dos que já foram e trabalhar também o presente. A abertura do Museu trabalha a preservação da história local”, completou.

A exposição atual

O primeiro telegrafista da Cidade das Avenidas, Bernardino Sena Campos, é quem protagoniza a atual exposição do Museu Histórico de Araranguá. A mostra “Um Diário em Nossa História” foi elaborada de acordo com os escritos nos diários de Bernardino entre o fim do século 19 e início do 20.

“A exposição foi feita em parceria com a família Campos. Através dos cinco diário, a gente conhece Araranguá do século 19. Também, por meio da descrição dele dos amores que ele teve em sua vida, a gente pode ter uma noção de como eram as relações entre as pessoas. A exposição fala sobre a parte arquitetônica, dos relacionamentos e, como ele era espírita, também fala sobre a primeira casa espírita da cidade”, detalhou a diretora de Cultura.

A atual exposição segue até o mês de agosto. O próximo tema ainda é uma incógnita. “Estamos trabalhando com três possibilidades e fazendo uma pesquisa científica”, contou Micheline. No mês de agosto o Museu Histórico de Araranguá comemora seu aniversário. São dez anos no dia 26.

Para visitar

O museu está aberto de segunda à sexta-feira, das 8h30 às 11h40 e das 13h30 às 17h30. Para turmas de escolas é necessário agendamento prévio. É só ligar para o fone: 3903-1881 e agendar.

Texto: Clara Floriano

Fotos: Júnior Melos

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