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A Releitura de O Rei Leão e porquê ela funciona

Digamos que desde que saiu a notícia de que O Rei Leão ganharia uma versão live-action ele se tornou um dos filmes mais aguardados por grande parte do público, o que só comprova a importância e a relevância da animação de 1994 até hoje. Há muito debate e controvérsia se o filme pode de fato ser considerado um live-action, já que não possui nenhum ator contracenando nem fazendo captura de imagem para o longa que foi feito todo em CGI - computação gráfica -, de forma que seja tão real que possa ser chamado de um filme fotorrealista. O cinema evoluiu de forma que hoje podemos criar um filme todinho em efeitos visuais e fazê-lo parecer ter sido filmado com animais reais na África, e algum desavisado ainda vai achar que está assistindo a um documentário do Discovery Channel na tv, não tenha dúvidas disso. Mas então, vamos ao filme.

Eu adorei. Adoro a animação original e adorei essa releitura feita por Jon Favreau, o mesmo por trás do live-action de Mogli: O Menino Lobo de 2016. Vamos focar então em uma palavra aqui, releitura. O novo Rei Leão não é apenas um remake, é uma releitura da animação que o originou, e esse é um detalhe bem importante. Veja bem, se você gosta da animação do filme sabe que ela é super colorida e os números musicais repletos de piruetas e malabarismos, ou seja, nada realista, algo que para a animação de 1994 funciona lindamente e deixa o filme mais divertido e envolvente, coisas esperadas de qualquer animação musical. Quando você resolve fazer uma releitura de qualquer coisa, parte do princípio que por mais parecida que a sua obra venha a ser com a que lhe deu origem, ela não será a mesma e precisará de alterações, alterações essas que podem ser enormes ou bem pequenas, tudo depende do processo criativo que você escolhe. No caso de O Rei Leão, a decisão foi fazer uma versão que se parece de fato com um live-action, o que só poderia significar uma coisa: a verossimilhança com o objeto em que é baseado, ou seja, animais e a África. Uma das críticas mais comuns ao filme estão em cima disso, do quanto o longa possui uma paleta de cores chata e como as ações dos personagens também estão chatas. Mas sinto ter que lhe dizer uma coisa: A África não é repleta de cores quentes e vivas e os animais não saem por aí dando piruetas, muito menos os javalis se penduram por cipós. Como eu disse, essas eram coisas esperadas em um filme de animação, não em um filme chamado de live-action onde a premissa girava inteiramente em torno da coerência dos animais e de seu habitat natural com o real. Então sim, o novo O Rei Leão possui predominância de cores bege, já que essa é geralmente a cor dos leões e de vários outros animais, da terra e das rochas, e ainda assim, nos rende cenas lindíssimas. Você pode se decepcionar com a falta de dança e afins nos números musicais? Talvez, não vou dizer que essa parte é perfeita porque não é, mas dentro do conceito criado para o filme, essas cenas funcionam bem e fazem sentido para com o estilo de narrativa que nos é apresentado e ainda assim conseguem ser divertidas e atraentes. Os animais estão agindo de forma mais parecida com a realidade desde o início do filme, então não faria sentido esperar por danças e acrobacias durante os números musicais. Ao mesmo tempo, se você gosta muito da animação e tá ansioso pra saber o quanto o filme se parece com o original, as chances são de você irá ficar bem contente, ele é bem fiel à animação e além de mudar a música cantada por Scar, que aqui ganhou uma versão um tanto diferente mas também muito boa, apenas muda um pouco seus diálogos e acrescenta elementos que faziam falta no filme anterior que tem apenas 1h28 minutos de duração e que agora possui 1h58, diferença que se mostra bem importante para. Então num modo geral, O Rei Leão é uma releitura linda e que vale sim muito a pena ser vista nos cinemas. Eu assisti à versão legendada do filme, até porque né, com Beyoncé narrando a Nala eu não tinha como fazer diferente, era quase humanamente impossível – pra mim é claro. Quando falamos das dublagens da versão legendada é impossível ter do que reclamar, o elenco é incrível e Seth Rogen e Billy Eichner estão geniais como Timão e Pumba, como já era totalmente esperado e a volta de James Earl Jones como voz de Mufasa dá ainda mais peso para o elenco. Então por mais que a maior parte da crítica esteja reclamando do filme, eu só te digo uma coisa, vá assistir e tire suas conclusões por conta própria, só mantenha sempre em mente que você está assistindo a uma releitura, não a um remake animado de um filme animado. Grande diferença.

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