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Moda e Beleza

O que vestir para o fim do mundo

Em 2019 falamos muito sobre colapso ambiental. A sustentabilidade nunca esteve tão em alta devido às crises climáticas, a poluição, a agroindústria, entre outros fatores que vem destroçando nosso meio ambiente. Começamos 2020 com a ameaça de uma terceira guerra mundial, logo chega o Coronavírus gerando uma pandemia nunca vista antes.

Há algum tempo, vivemos uma ansiedade generalizada e viemos aprendendo como lidar com ela. Hoje, trabalhamos de home office, ou pelo menos tentamos nos concentrar nos afazeres sem se preocupar com o turbilhão de notícias que saem a cada segundo sobre a covid-19. Será que já questionamos tanto “onde vamos parar”?

O WGSN, – portal líder global em previsão de tendências de moda, consumo e comportamento – já havia cantado a pedra sobre a tendência do home office: “Sobrecarregados e ansiosos, os consumidores mudarão suas prioridades e substituirão os indicadores tradicionais de riqueza e sucesso por valores, como a disponibilidade de tempo e a valorização dos sentimentos”.

A premissa é que o conceito de local de trabalho passe por uma reformulação, já que as pessoas estão em busca de um melhor equilíbrio entre as atividades profissionais e a vida pessoal. Neste cenário, o loungewear e sleepwear ganham força, looks com cara de pijama confortáveis e versáteis, mas que sejam suficientemente fashion para sair de casa e abrir uma vídeo chamada. Sabe quando isso já aconteceu antes? – o que resultou na criação do segmento loungewear – durante a crise da bolha norte-americana de 2008. As grandes marcas se adaptaram a realidade caseira da população remodelando a moda para as pessoas que não podiam gastar com lazer e entretenimento e passavam a maior parte do seu tempo em casa.

O que vivenciamos reflete diretamente no que vestimos e às vezes, só queremos poder sair de casa de pijama e roupão, né?

Nas passarelas, o que vemos ainda hoje, é um pouco diferente. Mas não fugindo do tema que nos ronda: a distopia.

  

 

Jaremy Scott, a mente criativa por trás da Moschino, apostou em uma Maria Antonieta contemporânea. Afirma a inspiração ter sido a Revolução Francesa e a similaridade com o espectro geopolítico que vivemos hoje em todo o mundo. “Protestos contra um governo opressivo... Protestos contra o aumento das tarifas de metrô...’’ Os looks também são perfeitos para manter a distância e não pegar um vírus, né? rs.

A direção de arte do show da Balenciaga simulou o fim do mundo: modelos andavam por um chão inundado que refletia o céu apocalíptico projetado no teto. “É o desfile mais sombrio que eu já fiz” disse Gvasalia, o designer que sempre aposta em uma observações sociais em sua moda. Os looks ao mesmo tempo que agressivos com spikes e estrututas robustas, também cheios de pompa com frufru e lacinhos. Além de: protetivos. A volta das luvas vem aí!

Hits de Blondie como “Heart of Glass” e “Call Me” compondo a trilha sonora, Junya Watanabe desfila uma Debbie Harry mais agressiva que nos anos 80. O vermelho e o preto compunham maior parte do show em looks completamente utilitários.

Tendo visto as apostas da moda para o futuro incerto que temos a viver, você é team pijama fashion ou team pronta pra guerra?

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