Presidente do Moda Sul comentou a realidade vivenciada pelo segmento, um dos mais fortes da região
Mesmo havendo uma pequena flexibilização no ramo atacadista, por parte do governo de Santa Catarina, que liberou o transporte coletivo – que traz clientes para os atacados da região, a situação ainda não é das melhores e continua devastadora. A informação é de Adilon Fernandes, presidente do Núcleo Moda Sul, que engloba quatro atacados na região do Extremo Sul Catarinense: Prime – São João do Sul, Litoral Sul – Sombrio, Aravest – Araranguá e Portal Shopping – Maracajá.
O setor está há mais de 100 dias parado e as demissões começaram a acontecer com maior intensidade. “Isso se dá pois 80% dos nossos clientes vinham do Rio Grande do Sul e estamos sem o transporte interestadual de passageiros, além de contarmos com clientes oriundos do Paraná, sem esses clientes a situação se agrava muito. Hoje temos uma busca de 15% do número que tínhamos antes da pandemia”, disse.
A categoria cobra insistentemente uma posição do Núcleo. “Diariamente nós temos conversas sobre a situação. Toda a cadeia do atacado está prejudicada, as facções, os fabricantes, os revendedores. Há uma grande preocupação como um todo”, salientou.
Mesmo com a flexibilização, houve pouca diferença. “Hoje temos uma visitação e consumo de 15% e com isso é impossível gerir algo, no mínimo precisávamos de 35% para atender as nossas demandas. Já tivemos mais de 50% de demissões na região e isso é grave”, falou Adilon.
Segundo ele, reuniões já foram feitas com o governo catarinense. “Já fomos recebidos por lideranças, porém nada foi feito por nós”, pontuou.
De acordo com o empresário, o clamor é um só. “Queremos o direito de trabalhar com saúde. Nós não entendemos pois alguns setores já retornaram e nós ainda não”, finalizou.