• Sexta-feira, 24 de Outubro de 2025
  1. Home
  2. Política
  3. As articulações da esquerda em SC para 2026

Política

As articulações da esquerda em SC para 2026

Ex-deputado federal, ex-prefeito de Blumenau e atual presidente nacional do Sebrae, Décio Lima (PT) já admite abertamente a possiblidade de disputar o Senado Federal, ao invés do Governo do Estado, como fez nas duas últimas eleições em Santa Catarina. A intenção de disputar o Senado se dá por dois motivos bastante pragmáticos. O primeiro está relacionado a rejeição que a esquerda raiz enfrenta diante do eleitorado catarinense. O PT, principal referencia deste espectro político, nunca conseguiu romper a barreira dos 30% em uma eleição majoritária, em nível estadual, em Santa Catarina, percentual este que foi alcançado pelo próprio Décio, no segundo turno do pleito de 2022. Antes dele, o percentual mais alto que a esquerda alcançou em uma eleição estadual foi em 2002, quando José Fritsch (PT) fez 27% dos votos como candidato a governador.

Sabedor que o cenário não irá mudar em 2026, Décio almeja uma candidatura que possa lhe render maiores dividendos, e a disputa ao Senado lhe parece atrativa, por conta das inúmeras pretensões neste mesmo sentido. Hoje Santa Catarina conta com mais de dez pré-candidatos ao Senado com potencial eleitoral, a absoluta maioria filiados a partidos de direita. A aposta de Décio é que a fragmentação dos votos da direita poderá abrir vaga para a eleição de um candidato da esquerda, seguindo a mesma lógica que o levou para o segundo turno da eleição estadual em 2022. Foi justamente a enorme quantidade de candidatos da direita a governador que possibilitou sua ida para a segunda etapa da eleição, contra o governador eleito Jorginho Mello (PL).

A esquerda, no entanto, não deixará de ter candidato ao governo, mas ele terá um perfil bem mais conservador. Neste sentido, por enquanto, são prospectados dois nomes: o do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merisio, que está filiado ao Solidariedade, e o do ex-senador e ex-vice-governador Paulo Bauer, que até o ano passado era filiado ao PSDB, partido pelo qual disputou o governo catarinense em 2014.

Merisio é o nome mais confiável da cúpula do PT nacional. Executivo da JBS em Santa Catarina, o ex-deputado tem franco acesso ao Palácio do Planalto e não teria dificuldades em reunir as diversas alas do PT catarinense em seu entorno. Paulo Bauer, no entanto, soa melhor para a esquerda catarinense, por conta de seu perfil mais ponderado. Amigo pessoal do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), desde a época em que ambos militavam no PSDB, Paulo Bauer tem mais possibilidades do que Merísio de atrair também o voto do eleitor de direita do Estado, especialmente aquele mais conservador.

O ex-senador já foi sondado sobre a possibilidade de disputar o governo catarinense ano que vem pelo PSB. Por enquanto, não disse nem que sim, nem que não, mas, de acordo com quem presenciou a conversa neste sentido, ficou bastante pensativo. Muito provavelmente sua grande objeção será o condicionamento do PT como seu candidato a vice. Todavia, ninguém está escape a uma boa conversa.

Finais

Durante incursão pelo Oeste do Estado, no final de semana, ao lado do governador Jorginho Mello (PL), o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), que está de malas prontas para se mudar para Santa Catarina, objetivando disputar o Senado Federal, defendeu o nome da deputada federal Carol de Toni (PL) para o mesmo embate. De acordo com ele, o PL não pode abrir mão de lançar Carol como candidata a senadora ano que vem. Carlos ressaltou que uma dobradinha entre ele e a deputada teria tudo para dar certo, e seria uma excelente mola propulsora para o projeto de reeleição do govenador Jorginho Mello. A fala de Carlos Bolsonaro acendeu a luz de alerta no Progressistas, que tem trabalhado para que o senador Esperidião Amin ocupe uma das vagas de candidato ao Senado pela aliança do governador.

Caso de fato haja uma dobradinha ao Senado composta por Carol de Toni e Carlos Bolsonaro, fatalmente a federação União Progressista se aliará ao projeto majoritário do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD). Neste cenário, o presidente estadual do União Brasil, deputado federal Fábio Schiochet, concorreria como candidato a vice de João Rodrigues, e o senador Esperidião Amin (PP) disputaria a Câmara Federal ou simplesmente daria sua carreira política por encerrada. Ainda que isto não seja desejado pelo governador Jorginho Mello, trata-se de uma conjuntura que não seria de todo ruim para ele, desde que o MDB se mantivesse como seu vice. Todavia, o governador teria que apostar todas as suas fichas em uma vitória no primeiro turno, já que no segundo turno fatalmente a esquerda estaria aliada com João Rodrigues.

Obra do Dina Parque avança com novas etapas em Araranguá Próximo

Obra do Dina Parque avança com novas etapas em Araranguá

Unidade de Pronto Atendimento passa a se chamar “UPA Joaquim da Silva Jesuíno” Anterior

Unidade de Pronto Atendimento passa a se chamar “UPA Joaquim da Silva Jesuíno”

Inscreva-se em nossa Newsletter

Fique por dentro das nossas novidades.