Todos os municípios de nossa região estão sendo francamente atingidos pelas chuvas dos últimos dias, mas, notadamente, Araranguá, Balneário Arroio do Silva, Meleiro e parte de Turvo têm sido mais castigados. O motivo é bastante simples: há uma dúzia de rios que correm em direção ao rio Araranguá vindos de Jacinto Machado, Timbé do Sul e Morro Grande, sem qualquer tipo de contenção. Quando suas águas chegam no litoral, ficam represadas pela falta de vazão no oceano, causando inundações.
A situação poderia ser bastante amenizada se a barragem do rio do Salto, em Timbé do Sul, já tivesse sido construída, assim se já tivesse sido fixada a barra do rio Araranguá. A primeira obra destinada ao represamento das águas, e a segunda ao seu escoamento com mais fluidez, em direção ao mar.
Tratam-se de duas obras federais, e por conta disto as esperanças de que elas saiam do plano discursivo são bem pequenas. Obras federais sempre são um problema para nossa região. A duplicação da BR 101, por exemplo, só saiu do papel depois de duas décadas de reivindicações, quando a situação ligada aos acidentes rodoviários, no Sul de Santa Catarina, já estava totalmente fora de controle. A pavimentação da Serra da Rocinha, em Timbé do Sul, é outro exemplo de como as obras federais são negligenciadas em nossa região. A promessa de sua implantação foi feita no segundo mandato do presidente Lula da Silva (PT), passando pelos mandatos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e estando estagnada, novamente, no terceiro mandato do presidente Lula.
A barragem do rio do Salto e a fixação da barra do rio Araranguá são não obras que poderão ser postuladas de forma isolada, por lideranças políticas. Este expediente já foi usado e não deu certo. O fato é que são obras milionárias, e que necessitam de esforços concentrados de prefeitos, vereadores, deputados estaduais, federais, senadores, e do próprio governo catarinense, para que elas possam entrar na pauta de discussão em Brasília como prioritárias para nosso Estado. A fixação da barra, por exemplo, já esteve no Orçamento da União, e foi retirado dele por falta de força política. A grande verdade é que é isto que falta para que sejamos ouvidos: força política. Sem ela, meramente ficaremos esperando pelas próximas enchentes.
Finais
- Ex-prefeito de São João do Sul, Alex Biachin (PDT), tem ampliado seu leque de conversações com lideranças políticas do município, com vistas a disputa municipal do ano que vem. De forma pontual, o ex-prefeito está contando com o apoio do Progressistas para se lançar candidato ao executivo municipal ano que vem, mas também tem mantido contato com líderes de diversas outras siglas do município, a exemplo do PSD e do PSDB, que atualmente orbitam a administração do prefeito Moacir Teixeira (MDB). De forma mais próxima, Alex tem mantido contato com lideranças do PL, que veem com bons olhos a formação de um grupo político para enfrentar a candidatura emedebista, que será apoiada pelo prefeito Moacir Teixeira.
- Presidente do Progressistas de Santa Catarina, ex-deputado federal Leodegar da Cunha Tiscoski, diz que seu partido ainda não tem definida data para a realização da convenção estadual, através da qual se objetiva compor o novo diretório e a nova executiva da legenda. Em princípio, os deputados estaduais do partido defendem a tese de que a convenção seja realizada em novembro, mas, por enquanto, não há uma movimentação oficial neste sentido. Conforme Leodegar, a prioridade, neste momento, está voltada a filiação de novas lideranças para a disputa municipal do ano que vem. Pelo andar da carruagem, o Progressistas não deverá realizar convenção neste ano em Santa Catarina, com Leodegar continuando a frente do partido de forma interina.
