Prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), conseguiu unir gregos e troianos no lançamento de sua pré-candidatura ao Governo do Estado, no último sábado, em seu município. Além da óbvia presença de lideranças do PSD, como foi o caso do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, e do ex-prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, também participaram do lançamento políticos do MDB, do Progressistas, do Novo, do União Brasil e do Democracia Cristã. Há de se ressaltar a participação no ato do ex-governador Jorge Bornhausen, que está sem filiação partidária, e do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
Do MDB, se destacaram o ex-governador Eduardo Pinho Moreira e a ex-deputada estadual Ada de Luca, ambos da chamada esquerda do partido, que, aliás, está agora sob o comando de políticos sintonizados com o espectro de direita, como é o caso do presidente estadual da legenda, o deputado federal, e atual Secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, e o deputado estadual Antídio Lunelli.
O grande desafio de João Rodrigues, em sua caminhada daqui para frente, será conseguir conciliar os interesses de políticos de tão diferentes pensamentos ideológicos dentro de um único grupo, principalmente se ele conseguir chegar ao segundo turno da eleição estadual, com o governador Jorginho Mello (PL), e necessitar do apoio do PT na segunda etapa da eleição.
Não se trata de uma tarefa fácil, como se possa imaginar, mesmo porque o prefeito de Chapecó não vem fazendo nenhuma questão de esconder seu apreço pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Muito pelo contrário; acusa Jorginho Mello de oportunismo político e chama para si a missão de representar a verdadeira direita catarinense. O grande problema de João Rodrigues será equacionar esta questão em um eventual segundo turno com Jorginho, quando precisaria do apoio da esquerda catarinense.
A eventual candidatura de João Rodrigues ao Governo do Estado não é fraca, mas ela tem muitos pontos fracos, que precisarão ser corrigidos. O principal deles é sua maciça presença no Meio Oeste e Oeste do Estado, e sua pouca presença no litoral, que contempla 70% do eleitorado catarinense.
Outras situações precisam ser compensadas, ou remediadas, como é o caso do apreço do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), por Jorginho Mello. Além dele, Raimundo Colombo também precisa entrar em seu barco, para demonstrar unidade partidária. Vale lembrar que a falta de unidade foi a responsável por duas derrotas do MDB nas eleições estaduais. De todo modo, o jogo está só começando.
Finais
Presidente do União Brasil de Santa Catarina, o ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, diz que a anunciada federação entre o seu partido e o Progressistas ainda não é fato consumado.
A afirmação de Loureiro vai na contramão das tratativas que estão sendo feitas dentro do Progressistas, cujo presidente nacional, o senador Ciro Nogueira, já está trabalhando na formulação de um estatuto e no estabelecimento de critérios para a ação conjunta das duas legendas, especialmente com vistas às eleições de 2026 e 2028.
Em nossa região, na maioria dos municípios o União Brasil e o Progressistas foram adversários nas eleições municipais do ano passado.
Criar um ambiente fecundo, para o pleito eleitoral do ano que vem, não será tarefa fácil para o comando regional das duas legendas, caso de fato a federação seja confirmada, o que precisa ser feito até seis meses antes das eleições.
Ex-presidente da Câmara Municipal de Balneário Gaivota, o vereador Felipe Santos (PSDB) irá assumir o comando da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na gestão do prefeito Kekinha dos Santos (PSDB). Felipe foi o vereador gaivotense mais votado nas eleições municipais do ano passado. Com sua ida para a Secretaria, quem assume em seu lugar no legislativo municipal é a primeira suplente do PSDB, a ex-vereadora Maria Leandro Nunes.
Os partidos da aliança política, em torno da atual gestão municipal de Balneário Gaivota, elegeram sete dos onze vereadores do município em outubro passado, no entanto, a vereadora Jussara Matos (MDB) e o vereador Moacir Coêlho Guimarães, o Moa da Pesca (PSD), têm participado das reuniões da base aliada e votado com o Executivo Municipal na Câmara de Vereadores.
