Prefeito de Araranguá, César Cesa (MDB), e seu vice, Tano Costa (PSD), não têm se feito de rogados, e têm promovido uma enxurrada de filiações aos seus partidos, e a partidos aliados, para aumentar da base de sustentação aos seus projetos de reeleição.
Cesar e Tano estão jogando o jogo certo. Não querem dar chances ao azar. Embora a atual gestão araranguaense seja bastante exitosa, e, por conta disto, aprovada pela população, a dupla elegeu-se em 2020 com apenas 38% dos votos dos eleitores do município.
Afora isto, o histórico emedebista nas disputas municipais de Araranguá também não é nada favorável.
O partido perdeu todas as eleições que disputou entre 1996 e 2020, com uma média de votação na casa dos 35%.
A eleição de César e Tano em 2020 foi facilitada pelo fracionamento da direita, que lançou candidatos pelo Progressistas, pelo PRTB e também pelo PL.
Nada, no entanto, garante que a direita estará dividida em 2024, e, por conta disto, todo cuidado no Paço Municipal é pouco. Cuidado este que está passando pela conquista de vários apoiadores que no pleito passado estavam na oposição, a exemplo dos ex-presidentes da Câmara Municipal de Vereadores Diego Pires, que deixou o PDT e se filiou ao União Brasil, Luciano Pires, que deixou o Podemos e também se filiou ao União Brasil, e Jair Anastácio, que deixou o PT e se filiou ao PSD. PDT, Podemos e PT eram oposição. Já o União e o PSD são situação.
Mas vários outros vereadores saíram da oposição e migraram para a situação, a exemplo de Jorge Luiz Souza, o Jorginho, que deixou o Progressistas e foi para o PSD, de Luiz José de Souza, o Luiz da Farmácia, que deixou o PL e foi para o Republicanos, de Nelson Soares, que deixou o PDT e foi para o MDB, e de José Carlos Souza Cândido, o Zico, que deixou o Avante e foi para o PSD.
Todos, na verdade, ainda que eleitos pela oposição em 2020, acabaram se aproximando de César Cesa e Tano Costa ao longo do mandato. Além destas mudanças, ocorreram ainda outras duas dentro da própria aliança situacionista: Samuel Nunes, o Samuca, trocou o PSD pelo União Brasil, e Paulinho Souza, trocou o PSD pelo MDB.
A dança das cadeiras no legislativo araranguaense acabou culminando com o MDB e o PSD ficando com quatro vereadores cada um, com o União Brasil ficando com três e com o Republicanos ficando com um, num total de 12, das 15 cadeiras.
A oposição ficou representada por apenas três vereadores, todos filiados ao Progressistas.
A esmagadora maioria no legislativo acabará se refletindo também nos apoios vindos das bases da sociedade para a dupla César e Tano, na eleição majoritária deste ano, o que aumentará sensivelmente as chances de reeleição da dupla.
A oposição, que praticamente se resumiu ao Progressistas e ao PL, precisará ser muito criativa para virar o jogo.
Finais
Ex-presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Sombrio, Elizandro Guimarães Oliveira, o Grosso, mudou de rota com vistas as eleições municipais deste ano.
Inicialmente direcionado a disputar uma vaga no legislativo sombriense pela oposição, através do PSD, ele anunciou ontem sua filiação ao PL, um dos partidos mais próximos da gestão da prefeita Gislaine Dias da Cunha (MDB).
A filiação de Grosso se junta a várias outras promovidas pelo PL sombriense nas últimas semanas, o que tem deixado o partido com uma robustez significativa para disputar vagas legislativas no município, no mesmo nível de MDB e Progressistas.
Afora isto, o PL também está de olho na vaga de candidato a vice de Gislaine Cunha, hoje ocupada por Jeriel Isoppo (MDB).
Proposta do PSD Estadual, dando conta que o candidato do partido, a Prefeitura de Criciúma, deva ser escolhido depois da realização de uma pesquisa eleitoral, em julho, não convenceu o Secretário de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde, o deputado federal licenciado Ricardo Guidi, a permanecer na legenda.
Seu destino será mesmo o PL, do governador Jorginho Mello, por onde disputará o Executivo criciumense. Ricardo vai para o tudo ou nada, já que sua saída do PSD deverá custar seu mandato de deputado, por infidelidade partidária.
Isto significa que caso ele não seja eleito prefeito ficará sem mandato. De todo modo, ainda contaria com a retaguarda do Governo do Estado, para reestruturar sua carreira política.