O Instituto de Pesquisas Futura Inteligência, realizou levantamento, de cunho eleitoral, com foco nas eleições executivas, estadual e federal, delineando possibilidades para as eleições de 2026 em Santa Catarina.
Para o levantamento, foram consultados 844 eleitores entre os dias 25 de março e 3 de abril, com uma margem de erro de três pontos percentuais e um índice de confiança de 95%. A técnica empregada foi o CATI, uma abordagem que envolve entrevistas telefônicas assistidas por computador.
Em relação as gestões estadual e federal, o Futura perguntou, aos catarinenses, se estes aprovavam ou rejeitavam os governos de Jorginho Mello (PL), como também de Lula da Silva (PT). Em relação a Jorginho, 71,8% disseram aprovar sua gestão, contra 23% que disseram reprovar. Outros 5,2% não opinaram a este respeito.
Em relação ao presidente Lula, 69,1% disseram reprovar sua gestão, contra 26,9% que a aprovam. Outros 4% não opinaram a respeito.
O Instituto Futura também perguntou aos entrevistados qual o candidato de sua preferência para a eleição ao Governo do Estado no ano que vem. Nesta pergunta, não foi apresentado nenhum nome, e, por conta disto, as respostas foram espontâneas. O governador Jorginho Mello apareceu como o preferido para 25% dos eleitores, contra 8,3% de João Rodrigues (PSD). Pouco menos de 1% dos entrevistados votaram em outros nomes, mas, como era de se esperar, quase dois terços dos eleitores não citaram nenhum nome espontaneamente.
Quando perguntados se preferiam votar em Jorginho Mello ou em João Rodrigues, o atual governador somou 55.9% das intenções, contra 25,8% do prefeito de Chapecó. Outros 18,3% disseram que não votariam em nenhum dos dois ou que votariam em branco ou nulo. No total, foram prospectados cinco cenários estimulados, com o nome do governador, e em todos ele venceu seus adversários.
Também foram feitas perguntas em relação a eleição presidencial. Em todos os cenários o presidente Lula da Silva perderia em Santa Catarina para seus adversários. Em um confronto direto contra Jair Bolsonaro (PL), o ex-presidente faria 60,9% dos votos, contra 27% de Lula. Em um confronto com Michele Bolsonaro, ela faria 58,6% dos votos contra 27,7% de Lula. O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Rep), faria 54,9%, contra 26,1% de Lula.
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), faria 55,3%, contra 25,7% do presidente Lula. Em Santa Catarina, Lula perderia até para Ronaldo Caiado (União). O governador de Goiás faria 41,1% dos votos, contra 29,7% do presidente.
No que diz respeito a rejeição, Lula é rejeitado por 64,4% dos catarinenses, Bolsonaro por 29,5%, Michele Bolsonaro por 22,6%, Ronaldo Caiado por 12,2%, Ratinho Júnior por 11,7%, e Tarcísio de Freitas por 10,2%.
Em linhas gerais, no que diz respeito a tendência ideológica dos catarinenses, os números apresentados pelo Instituto Futura são apenas uma mera repetição das eleições de 2018 e 2022.
Finais
Em relação aos questionamentos realizados pelo Instituto Futura, com foco na eleição para o governo catarinense, fica bastante claro que os adversários de Jorginho Mello não terão vida fácil ano que vem.
Em princípio, a chance de a oposição ganhar está no lançamento de múltiplas candidaturas no primeiro turno, o que, quase certamente forçaria o segundo turno em Santa Catarina. Em relação aos opositores do governador, João Rodrigues aparece como o mais bem votado, seguido do prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD) e do deputado estadual Antídio Lunelli (MDB).
Em princípio, uma dobradinha entre João Rodrigues e Adriano Silva é a que mais se aproxima de uma chance real de vitória da oposição, que, antes de qualquer coisa, precisará trabalhar para que haja segundo turno no Estado.
Sabedor disto, Jorginho Mello não tardou em trazer Adriano Silva para próximo de si, como também ajudou a costurar a aliança que conferiu um segundo mandato a Topázio Neto.
Muito antes de se preocupar com quem serão seus aliados, o governador tratou de desarticular a oposição, jogando com a premissa que a guerra mais bem vencida é aquela em que não é necessário fazer qualquer disparo.