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Política

Afinal, João Rodrigues será candidato ao governo?

Por conta do ofício da profissão, praticamente todos os dias alguém me pergunta se o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), será mesmo candidato a governador ano que vem. A resposta, invariavelmente, é a mesma: depende! Sim, de fato, tudo depende.

O mais interessante desta história é que depende não somente do próprio João Rodrigues, mas de vários outros agentes políticos, especialmente em nível federal. Se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarar apoio ao projeto presidencial de Tarcísio de Freitas, de forma natural o governador de São Paulo deixará o Republicanos e se filiará ao PL, para concorrer ao Palácio do Planalto. Mais natural ainda será a declaração de apoio do PSD a este projeto, já que o presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, é um dos principais articuladores da pré-candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas. Com o PL e o PSD fechados em nível federal, em Santa Catarina João Rodrigues ficaria sem ter como ser candidato ao Governo do Estado, pois a legislação eleitoral prevê a verticalização das coligações majoritárias. Com isto, o PSD catarinense teria que apoiar, mesmo que a contragosto, o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello (PL).

Por outro lado, se Tarcísio de Freitas não se habilitar a disputar a vaga do presidente Lula da Silva (PT), o PSD deverá lançar o governador do Paraná, Ratinho Júnior, à sucessão presidencial. Em um cenário como este, João Rodrigues será candidato ao governo catarinense de forma mais do que natural.

Observa-se nestas duas situações projetos totalmente antagônicos, que ora coloca João Rodrigues olimpicamente fora do cenário majoritário do ano que vem, e ora o coloca como candidato ao governo alinhado diretamente com uma candidatura presidencial, o que poderá lhe render muitos dividendos. Por conta da proximidade de Santa Catarina com o Paraná, e muito provavelmente por conta dos quase mil quilômetros de divisa entre os dois Estados, o governador Ratinho Júnior figura como o presidenciável com maior índice de aceitação entre os catarinenses. Na última pesquisa Neokamp, divulgada na semana passada, ele registrou 67,4% da preferência dos eleitores catarinenses, 7% a mais do que Tarcísio de Freitas.

Convém ressaltar que João Rodrigues não tem muito mais espaço para se reinventar diante do pleito eleitoral do ano que vem. Caso o PSD tenha que apoiar o PL em Santa Catarina, uma candidatura sua ao Senado, por exemplo, já nasceria extremamente comprometida, por conta das demandas já existentes dentre aqueles que orbitam o projeto do governador Jorginho Mello. Uma disputa à Câmara Federal soaria mais sem sentido ainda, pois se trata de um projeto político muito aquém da atual administração de uma das principais prefeituras do Estado, e que pode simplesmente esperar para ser posto em prática em 2030, depois de encerrado seu segundo mandato de prefeito.

Em princípio, a disputa pelo Governo do Estado é o plano A, B e C de João Rodrigues. Se os astros se alinharem, ele concorre. Do contrário, vai esperar por um outro momento.

Finais

Inchaço de candidaturas a deputado estadual no PL de Criciúma poderá levar o eterno candidato, Acélio Casagrande, a se filiar ao Podemos, da deputada Paulinha Silva. Os liberais do município já contam com as pré-candidaturas do deputado Jessé Lopes, do advogado Guilherme Colombo e do delegado Ulisses Gabriel, todos eles postulantes a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Filiado ao PL desde abril do ano passado, Acélio estuda a possibilidade de concorrer novamente ao parlamento estadual, a exemplo de 2022, quando concorreu pelo PSDB. Desta vez, a disputa poderá se dar pelo Podemos. Os convites para a filiação e candidatura já foram feitos por Paulinha, que deverá disputar à Câmara Federal.

Presidente de honra do PRD de Balneário Gaivota, José Godinho Nunes, diz que seu partido terá pré-candidato a prefeito no município. Conforme ele, esta decisão já foi deliberada dentro do partido e o nome deverá ser apresentado depois das eleições estaduais do ano que vem. Conforme Zé Godinho, o mesmo caminho deveria ser tomado por todos os demais partidos que integram a coligação que hoje dá sustentação a gestão do prefeito Kekinha dos Santos (Rep). Na sua visão, isto possibilitaria com que o grupo tivesse múltiplas possibilidades de escolha diante das eleições de 2028, convergindo, no momento certo, para o nome que mais agregasse a simpatia do conjunto dos partidos integrantes da aliança.

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